O ÊXTASE E O PERIGO

Aprecio, extasiado, algumas fotos de Alter do Chão, que um amigo meu me remete, via e mail.

E me vem às lembranças um trecho da famosa canção de meu pai: “… recordar é sofrer mais”…

Alter do Chão bucólica, Alter nativa, alternativa (até quando?) de reVer a Paz?

Mas o meu deslumbramento logo se esvai quando recordo uma notícia que nem mereceu tanto destaque assim nas plagas tapajônicas e que ainda tem uma rigorosa atualidade.

 Há muito tempo que o capital transnacional vem tentando ocupar a Amazônia, isto não é novidade.

Antes era a construção dos “grandes lagos” (os mais antigos lembram bem disso). Agora, Sob o pretexto de coibir o desmatamento ou remediar o aquecimento global, lembro que o Príncipe Charles (o mesmo que achou Alter do Chão a praia mais bonita do mundo…) chegou a propor que os países “desenvolvidos” assumam a conservação das florestas tropicais brasileiras, emitindo títulos a serem comprados por investidores privados, fundos de pensão e seguradoras. Os proprietários dos tais títulos garantiriam recursos e impediriam que as matas fossem aproveitadas para cultivo pela população brasileira. Com essa proposta, os “nativos” da região ficariam, talvez, limitados a uma economia extrativista, algo assim, como aconteceu com as sagas da borracha e da juta e a soberania nacional sobre a Amazõnia iria à falência.

Lembro-me, agora do famoso personagem que o Jô Soares fazia em seus programas de humor, o Gardelon, que fazia propostas indecentes às pessoas e depois repetia o chavão: estou te propondo isto, pois sou teu amigo…. “mui amigo!”

De qualquer maneira é urgente que os políticos da região ou os políticos patriotas comecem ou continuem a tomar providências, já que, como diziam nossas avós, “tem gente de olho gordo” em cima de nós.

 Por: José Wilson

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