José Maria: “PMDB não está unido em Santarém”

Tapajós coloca seu nome à disposição do PMDB como pré-candidato a Prefeito

O presidente da Câmara Municipal de Santarém, vereador José Maria Tapajós, fala com exclusividade da sua admiração pelo senador Jader Barbalho, em sua opinião, um político que vai preencher uma lacuna no Senado Federal, porque representa uma grande liderança do estado do Pará, não só a nível estadual como a nível federal. O Vereador fala, também, da crise que envolveu o vereador Maurício Corrêa, impedido de ser candidato a Deputado Estadual, o que fez com que o partido sofresse uma divisão. Ao final, José Maria Tapajós lembra que reúne experiência suficiente para ser Prefeito de Santarém. Confira na entrevista:

Jornal O Impacto: Presidente José Maria Tapajós, quer dizer que seu nome está cotado para ser candidato a candidato a Prefeito de Santarém na convenção do seu partido, o PMDB?

José Maria Tapajós: Primeiro, eu gostaria de dizer que tive conhecimento da entrevista que o deputado Antônio Rocha, presidente do partido em Santarém concedeu ao jornal O Impacto, onde ele registra seu desejo em ser candidato a Prefeito de Santarém. Eu acredito que o Deputado tem razão em dizer que é candidato, porque todas as evidências lhe facilitam esta indicação. Ele é presidente do partido e, além disso, é Deputado Estadual. Eu acredito que ele só não é candidato primeiro, se Deus não quiser e em segundo lugar, se ele próprio não aceitar. Mesmo assim eu acredito que temos dentro do quadro do PMDB diversas lideranças que poderão também disputar este espaço. Eu gostaria de registrar, também, o meu desejo em lançar meu nome para uma avaliação da população santarena. Acredito que temos apoio da população, abaixo de Deus, segundo temos o partido que pode lançar nossa candidatura. Temos estrutura para isso e, modéstia a parte, temos uma experiência da vida pública, quando tivemos oportunidade em ser Prefeito no primeiro semestre de 2009, que pode servir para a população fazer uma avaliação, mas é importante frisar, também, que ninguém pode ser candidato pelo prazer em simplesmente querer ser. Nós temos que ver se a população aprova essa candidatura, através de intenção de votos e das pesquisas. Sem dúvida nenhuma todo político com mandato, todos que têm liderança política, nutrem como meta o desejo de um dia ser Prefeito de Santarém.

Jornal O Impacto: Muitos partidos novos estão surgindo, outros estão se modernizando, mudando o quadro de filiados e até de candidatos. Em alguma ocasião o senhor imaginou sair do PMDB para se candidatar por outro partido?

José Maria Tapajós: A resolução partidária é clara quando diz que o mandato do político pertence ao partido ou à coligação a qual ele pertence, salvo se essa “migração” for para outro partido. Nós estamos analisando a trajetória de vários deputados estaduais e até federais que estão “migrando” para outros partidos. Por questão de precaução, nós estamos aguardando um novo posicionamento que pode ocorrer por parte do TSE ou até mesmo do Supremo Tribunal Federal, que recentemente decidiu que o mandado, no caso de suplência, não pertence à coligação e sim ao partido. De repente pode haver alguma mudança que nos favoreça uma candidatura a Prefeito, mesmo por outro partido. Mas tudo ainda é especulação, é muito cedo para conjecturas. Acredito que a partir de setembro, que é o mês para filiações partidárias, vocês da imprensa vão ter ainda muitas surpresas. Quero adiantar que estarei envolvido muito de perto no processo de sucessão, em 2012.

Jornal O Impacto: O deputado Antônio Rocha demonstrou estar magoado com o senhor e com o vereador Maurício Corrêa. O senhor hoje se sente confortável no PMDB?

José Maria Tapajós: O PMDB em Santarém continua, como sempre, sob o comando do deputado Antônio Rocha, mas respeitamos também a vontade da população. Veja bem; o deputado Antônio Rocha é uma liderança dentro do PMDB, um político que está em seu quinto mandato como Deputado, e volto a frisar, ele tem todas as razões e motivos para desejar ser candidato a Prefeito, só não será se Deus não quiser. De minha parte, devo esclarecer que não tenho nenhum problema com o deputado Antônio Rocha, nem com o partido. E quero frisar que tenho livre trânsito e ótimas relações com o Diretório Estadual, entre as principais lideranças, onde eu destaco o hoje senador eleito Jader Barbalho e o Prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, como também o deputado Ozório Juvenil, o ex-deputado Domingos Juvenil, deputada Elcione Barbalho, deputado José Priante. Hoje eu tenho um contato com as lideranças do PMDB a nível estadual. Quanto ao PMDB de Santarém, tenho a dizer que é forte, tendo condições de não apenas definir uma eleição a nível de Prefeitura, como também eleger um Prefeito em Santarém.

Jornal O Impacto: A candidatura do vereador Maurício Corrêa a Deputado Estadual foi atropelada dentro do partido, logo após o deputado Antônio Rocha, o cacique do PMDB em Santarém, falar da mágoa que sentiu com este fato. Todos estes acontecimentos indicam, então, que o PMDB não está unido em Santarém?

José Maria Tapajós: Eu devo admitir que o PMDB não se encontra unido em Santarém. Diria que existem divergências dentro do partido. Ainda está muito recente o episódio que envolveu a não candidatura do vereador Maurício Corrêa, que foi acompanhado não só pela sociedade, como também por todos os peemedebistas. Este episódio deixou uma mágoa dentro do partido e naquele momento fui solidário ao vereador Maurício Corrêa, que acredito que se fosse candidato seria eleito Deputado Estadual. Mas acreditava também na eleição do deputado Antônio Rocha, como aconteceu. Os votos do deputado Antônio Rocha são o patrimônio que ele adquiriu ao longo de sua vida pública.

Jornal O Impacto: Mas os votos do vereador Maurício Corrêa também seriam importantes dentro do PMDB?

José Maria Tapajós: Com certeza, os votos do vereador Maurício Corrêa no PMDB somariam à legenda e claro, beneficiaram o partido. Em lugar de nós termos uma bancada de oito, seguramente teríamos uma representação bem maior na Assembléia Legislativa.

Jornal o Impacto: Como o senhor analisou o fato do senador Jader Barbalho agora finalmente poder assumir o cargo?

José Maria Tapajós: Eu costumo dizer que tudo acontece se for da vontade de Deus. Na política é Deus no Céu e o eleitor na terra. O povo elegeu Jader Barbalho com um milhão e oitocentos mil votos, votação maciça, separando ele do primeiro colocado, o senador Flexa Ribeiro com poucos votos. Isso no momento em que parte da imprensa da capital noticiava que: “Quem votasse nos candidatos Jader Barbalho e Paulo Rocha iria perder seu voto”. Mesmo assim mais de um milhão de pessoas ignoraram a possibilidade de seus votos serem nulos e votaram no então candidato Jader Barbalho, hoje eleito, com reconhecimento do Supremo Tribunal Federal.

Por: Carlos Cruz

Um comentário em “José Maria: “PMDB não está unido em Santarém”

  • 21 de abril de 2011 em 13:13
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    Politico é Tranqueira mesmo. Olha o caso do Zé Maria, ele acredita piamente que “Deus” e o “povo” elegeram o sujeira Jader. Ora, Jader Gastou 20 milhões comprando votos, propaganda pura, quem não vendeu o voto pro Jader e votou nele, votou por ignorância. Justo seria Marinor que gastou menos de 200 mil e teve votos por consciência e não por conveniência ou conivência.

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  • 21 de abril de 2011 em 13:06
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    Zé Maria, Antonio rocha, Jader Barbalho… Parasitas, estão na pólítica onerando o dinheiro do povo a décadas, só papo furado. Ah Esqueci, quase todos são assim…

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