Defensor Público denuncia calote de empresa em oriximiná

Dr. Mário Printes denuncia que empresa PRÓ-ÁGUA não concluiu obra

Tem gente que ainda pensa que índio se conforma com espelho e roupa colorida. Pelo menos é a esta conclusão que as pessoas chegam, ao tomar conhecimento da denúncia feita pelo Defensor Público de Oriximiná, Mário Luiz Printes, na capital Federal. Na quinta-feira, dia 14, o Defensor Público viajou para Belém para registrar a denúncia contra a empresa Pró-Agua, que deveria construir uma estação de tratamento de água na aldeia indígena Mapuera , no município de Oriximiná, no Oeste do Pará, para responsabilizá-la pelo não cumprimento do contrato de conclusão obra na aldeia indígena.

Fatos – Segundo o Defensor, Dr. Mário Luiz Printes, a FUNASA – Fundação Nacional da Saúde fez um contrato com uma empresa denominada Pró Água para construção de uma estação de tratamento de Água na Aldeia Mapuera, no ano de 2008. Ele diz que a situação é revoltante, porque o valor estimado da obra alcança os dois milhões de reais e a empresa responsável já recebeu cinqüenta por cento desse montante. “O que mais revolta é que a estação não foi implantada, portanto, sendo impossibilitada de funcionar”, enfatiza Printes.

Surpresa – O Defensor Público diz que após obter provas que a obra estava inacabada foi para Brasília e ao chegar à  Capital Federal surpreendeu-se quando se dirigiu ao Ministério da Saúde e tomou conhecimento que a obra estava concluída. “Tanto para mim como para os técnicos do Ministério nos causou espanto e perplexidade ao saber da realidade da obra que ainda não foi concluída”, disse. A grande preocupação do Defensor Público está relacionada à saúde dos indígenas que são mais de mil na Aldeia Mapuera, que está localizada acima de Cachoeira Porteira, no município de  Oriximiná. Ele explica que sem essa assistência, a saúde deles principalmente de crianças e idosos fica vulnerável.

Dr. Mário Luiz Printes diz que a denúncia feita por ele já está surtindo efeito e que no último dia de 16 uma equipe da Funasa chegou a Oriximiná para se certificar dessas irregularidades e encontrar uma solução para o problema dos índios.

No dia 14/04 o Defensor viajou para Belém para registrar a denúncia contra a empresa responsável na Procuradoria Geral da República.

Por: Carlos Cruz

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