Médicos cardiologistas pedem demissão do Hospital Municipal

Os médicos Valcir Costa, Renê Silva e Ilmara Sousa, exigem melhores condições

Agravando ainda mais o caos que se transformou a saúde pública no município de Santarém, na segunda-feira, dia 02, os cardiologistas que atuam no Hospital Municipal de Santarém, Dra. Ilmara Sousa, Dr. Valcir Costa e Dr. Renê Silva pediram demissão, inconformados com as péssimas condições de trabalho e falta de segurança no Hospital Municipal.

Houve quem chegasse a comentar nos meios de comunicação em Santarém que a demissão foi feita por falta de pagamento de salários, quando também a falta de infra-estrutura pesou na decisão dos cardiologistas em deixar seus postos de serviço no Hospital Municipal.

O pedido de demissão ocorreu na manhã de segunda-feira. À tarde, foram recebidos pelo secretário municipal de saúde e vice prefeito José Antônio Rocha, que prometeu em 30 dias resolver o problema dos cardiologistas. O Secretário informou, ainda, que está sendo construída no bairro da Cohab, na avenida Curuá-Una, uma Unidade de Pronto Atendimento. “Até dezembro vamos estar entregando mais este espaço de atendimento público à população”, prometeu o Secretário.

Agentes de saúde vão à Câmara – No começo desta semana, os agentes de saúde, inconformados com o tratamento que é dado a eles, foram até a Câmara Municipal pedir providências dos vereadores no problema que enfrentam. Não apenas o problema financeiro, mas a falta de material para que possam trabalhar, preocupa os agentes de saúde, mesmo assim, segundo contam, a Prefeitura de Santarém nada faz no sentido de pelo menos amenizar o caos administrativo na área da saúde pública. “Desde o mês passado que estamos pedindo melhores condições de trabalho, e não somos atendidos”, reclamam os agentes de saúde.

Segundo o presidente da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde do Município, Elder Marlon, várias são as reivindicações que foram feitas, porém, foram atendidas em parte, entre elas, pagamento de férias atrasadas. Como se não bastasse, ainda tem a falta de material para infernizar a vida dos agentes de saúde. “Muitos colegas foram atendidos, outros não. E nem todo material que foi prometido nos foi entregue”, citou. No começo desta semana, cansados de buscar pelos direitos trabalhistas, os Agentes comunitários de saúde resolveram convocar a ajuda dos vereadores para resolver o problema, pois na Prefeitura ninguém parece atentar para este problema da classe.

Lago Grande  – Uma reunião realizada no último final de semana pela Comissão de Jovens Professores da Associação de Moradores da Vila Curuaí, na região do Lago Grande, discutiu a falta de profissionais da área da saúde em postos de atendimento de várias comunidades. O encontro contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de Santarém, José Maria Tapajós. 

Os comunitários reivindicam o aumento no número de enfermeiros para a unidade de saúde da Vila Curuai, além de um para a Comunidade de Piraquara e outro para Vila Socorro. Segundo os professores, apenas um enfermeiro pago pela Prefeitura atende no Centro de Saúde de Curuai, onde existe uma população estimada em 5 mil habitantes.

De acordo com a Associação de Moradores, cerca de 35 mil pessoas de toda a região do Lago Grande, onde existe mais de 100 comunidades, estão desassistidas de médicos e enfermeiros. Os moradores denunciam, também, a falta de membros do Conselho Tutelar e de um odontólogo, porque segundo eles, há 4 anos foi inaugurada uma sala com vários equipamentos, mas que não funciona por falta de profissional capacitado.

Por: Carlos Cruz

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