Padre Edilberto Sena: “Temos maus políticos”

Padre Edilberto critica políticos aproveitadores

Preocupado com o risco de que apenas uma elite política possa se beneficiar com a criação do Estado do Tapajós, após a aprovação do plebiscito na Câmara Federal, em Brasília no dia 05 deste mês, o membro da Frente em Defesa da Amazônia (FDA), Padre Edilberto Sena, alerta que a população do Oeste do Pará deve ficar atenta em relação ao aparecimento de apenas um grupo político que afirma ter sido autor do Projeto.

A criação de empregos para políticos, segundo Padre Edilberto, é um risco que pode acontecer com a criação do Estado do Tapajós. Para ele, a população do Oeste do Pará deve ficar atenta às pessoas que ocupam cargos públicos e, que devem lutar para que surjam novas lideranças na nova Unidade Federativa do Brasil.

“É aí que eu faço a proposta cidadã de que todos os políticos que estiverem ocupando cargos públicos e de mandato atual, que renunciem a candidatura a algum cargo eletivo, para deixar livre o espaço para que novas lideranças surjam no novo Estado”, sugere o religioso.

Sena acredita que existem pessoas capacitadas para emergir como grandes lideres, após a criação do Estado do Tapajós. “Como presidente de associação de bairros, de conselhos comunitários, pessoas da sociedade civil que são engajados em igrejas e, que têm experiência de trabalhar com sociedade. Acredito que uma forma de evitar o risco de apenas uma elite política ser transferida para cá é abrir espaço para que novas lideranças surjam no novo Estado”, destacou.

VOTAÇÃO – Para o Padre Edilberto Sena, será injusta a população de Belém participar da votação no plebiscito, principalmente por acreditar que os moradores da capital do Estado estão querendo evitar a emancipação política do Oeste paraense. Segundo ele, a população do Pará é de cerca de 7,5 milhões de habitantes e, que aproximadamente 2 milhões de eleitores estão na Região Metropolitana de Belém, juntando com os moradores de cidades próximas a capital, como Castanhal.

“Eles são os que estão usufruindo dos benefícios do Estado, aquela parte de lá está querendo exatamente evitar a emancipação. Quem quer opinar sobre a emancipação é quem vai ser envolvido no plebiscito, que são os moradores do Sul e Oeste do Pará”, aponta Padre Edilberto, reafirmando que não tem sentido a população de Belém participar da consulta plebiscitária.

“É claro que eles estão esperneando, porque quem vai sair diminuído não só em território, mas na mamata dos impostos das riquezas extraídas do Sul e Oeste do Pará, é a Capital. Por isso é que estão esperneando”, declarou.

CONSTITUIÇÃO – Em relação à formulação da Constituição do Estado do Tapajós, Padre Edilberto Sena recomenda que a sociedade é quem deve se empenhar na homologação, como estudantes universitários e do ensino médio, associações de moradores, igrejas, sindicatos, colônias de pescadores e jornalistas.

“Precisamos nos interessar de discutir a construção da Constituição do Estado do Tapajós, para evitar que peguem a composição de outras unidades federativas e copiem para a região. Temos que fazer um Organismo novo, baseada na Constituição Nacional de 1988, criando regras novas para o novo Estado, senão, a população corre o risco de ser manipulada por apenas uma elite”, observou. 

Por: Manoel Cardoso

Um comentário em “Padre Edilberto Sena: “Temos maus políticos”

  • 16 de maio de 2011 em 09:41
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    Padre Edilberto sempre tem sido um rebelde sem causa, querendo ser admirado por achar que tudo pode ser feito diferente.

    O sacerdote tem levado a igreja para o buraco, só tende a fechar o que ainda restar com essa postura.

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  • 14 de maio de 2011 em 08:00
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    O processo de Criação do Estado do Tapajos é:

    – Social
    – Politico
    – Justo
    – Inteligente
    – Mais Brasil
    – Ordem e Progresso

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  • 14 de maio de 2011 em 02:19
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    Mas o nosso grande padre que faz discurso sempre de politico deveria tomar uma postura clara e ser candidato ja que outros não servem. Não basta ser critico.É preciso sermos coerentes.O processo do Estado do Tapos é politico, nao propriamente partidário.

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