Jogador do pantera é ameaçado de morte por diretor

Parece que a crise não tem hora para acabar nem momento de trégua dentro do São Raimundo. Depois que os ex-diretores de futebol, Alberto Tolentino, Jardel Guimarães, Júnior Tapajós e André Cavalcante decidiram abandonar o clube, devido não compactuarem com o modo de administrar do presidente Rosinaldo do Vale, que, segundo eles, usa o diretor Sandicley Monte como “testa de ferro” e também denunciaram uma “trama” para realizar um empréstimo de R$ 4 milhões junto ao BNDES e colocar o patrimônio do Clube, (sede) como garantia. Desta vez o caldo parece que entornou de vez, por conta do meio de campo Renato Medeiros, atleta do clube que veio do Rio de Janeiro.

O jogador registrou Boletim de Ocorrência (BO), na Seccional de Polícia Civil de Santarém, de número 00168/2011.004013-9, onde denuncia que foi ameaçado de morte pelo diretor de futebol do São Raimundo, Sandicley Monte, no dia 01 de junho, quarta-feira, depois do treino do clube.

O motivo teria sido a paralisação que os atletas do São Raimundo promoveram, por conta do atraso no pagamento dos salários. O jogador Renato Medeiros disse que foi chamado pelo gerente do clube à sua sala, e ao chegar foi ameaçado: “Você não está em sua terra, aqui em Santarém as pessoas matam os outros por R$ 5 e 10 mil reais, então, fique calado, esse negócio de greve tem que acabar”. Diante da ameaça, o jogador Renato Medeiros, que mesmo recebendo, segundo ele, uma proposta de R$ 50 mil em lugar dos R$ 10 mil que iria receber do valor contratual, calçou as chuteiras e foi até a Seccional de Polícia Civil, onde com medo de morrer, registrou um Boletim de Ocorrência (BO), onde relata que foi ameaçado de morte pelo diretor Sandicley Monte.

Torcidas organizadas ameaçam boicotar jogos do Pantera – As torcidas organizadas do São Raimundo convidaram na última segunda-feira, dia 06, a imprensa, pra anunciar que estão dispostas a ir até as últimas conseqüências, para saber sobre perguntas que ficaram no ar, sem respostas, por parte de dirigentes do São Raimundo.

Primeiro eles querem saber informações detalhadas sobre um empréstimo “engatilhado” de R$ 4 milhões, para tirar o time do sufoco, renda subestimada dos jogos e salários irregulares a dirigente e imprensa.

Mas informações obscuras como estas também foram aventadas, como a liberação de condições para a entrada de novos sócios, respeito ao projeto sócio torcedor, ainda não implementado, e a falta de definições para o jogo de estréia do clube no dia 17 deste mês, contra o Sampaio Corrêa, pelo campeonato Brasileiro da Série D.

Os torcedores argumentam que o clima de instabilidade vai prejudicar em muito a atuação do clube nas próximas partidas. A palavra de ordem usada exaustivamente durante a coletiva foi “transparência”.

Segundo os torcedores, o São Raimundo não é um clube fechado, e por isso não deve ser administrado da forma como está sendo.

Existem algumas posições a serem tomadas, diante da recusa dos dirigentes em não responderem os questionamentos da torcida, que seriam: ação no Ministério Público contra os diretores, o não comparecimento das torcidas nos jogos, e um abaixo assinado, com todos os torcedores insatisfeitos com a atuação dos diretores.

Pelo que se constata, dento e fora dos bastidores do Pantera, o clima continua quente.

Por: Carlos Cruz