Santos vence o Peñarol e é campeão da Libertadores
O Santos é tricampeão da Libertadores. Depois da geração de Pelé brilhar em 1961 e 1962 chegou a vez do garoto Neymar colocar seu nome na história do futebol. Com um gol dele, o Peixe venceu o Peñarol por 2 a 1 nesta quarta-feira, no Pacaembu, e ficou com a taça mais cobiçada da América.
Empurrado por 40 mil torcedores que formaram o ‘mar branco’, o Alvinegro Praiano não deu chances para o rival uruguaio. Manteve o domínio durante toda a partida e fez o resultado no segundo tempo. Neymar abriu o placar logo no primeiro minuto e Danilo, aos 23, sacramentou o título. Aos 34, Durval, contra, deu esperanças para o Peñarol, que não teve forças para empatar.
Apesar de ter ainda todo o segundo semestre, com jogos e disputa do Brasileirão, a cabeça do torcedor santista já está em dezembro, no Mundial de Clubes, no Japão, e em um provável duelo entre Neymar e Messi.
O jogo
Como era de se esperar, o Santos começou a partida pressionando o Peñarol. Elano, que andou apagado nos últimos jogos, foi quem criou a primeira boa chance logo aos oito minutos. Ele recebeu passe da intermediária e mandou uma bomba. Sosa mandou para escanteio.
O início a mil por hora, no entanto, não resultou em gol e o Peñarol, aos poucos, começou a se arriscar no ataque. Martinuccio, sempre vigiado de perto por Adriano, escapou duas vezes e assustou com chutes para fora.
Aos 30, o Santos voltou a criar ótima chance. Ganso lançou Neymar nas costas da zaga e González o segurou pela camisa. Falta que Elano cobrou no ângulo, mas Sosa mandou para escanteio novamente. Na sequência, Ganso encontrou Zé Love na direita, que mandou na rede pelo lado de fora.
A última boa chance na etapa inicial veio aos 41. Léo roubou a bola na intermediária, tocou para Zé Love, que tentou passe para Neymar. A zaga rebateu e caiu novamente nos pés de Léo, que chutou para fora.
Neymar aparece e marca
O segundo tempo nem bem começou e Neymar incendiou o Pacaembu. Logo no primeiro minuto, Arouca tabelou com Ganso, avançou e tocou para o jovem craque na esquerda. Do jeito que veio, Neymar bateu e finalmente tirou o zero do placar: 1 a 0.
O Peñarol, que já não assustava, partiu para o ataque na base do desespero. Sem organização, tentava alçar bolas na área santista, mas sem perigo.
O Alvinegro passou a tocar a bola com calma e chegou ao segundo gol aos 23. Ganso tocou para Neymar na ponta esquerda. O camisa 11 viu e mandou para Elano na intermediária, que rolou para Danilo. O lateral cortou Dario Rodríguez na direita e, de perna esquerda, bateu colocado para o fundo da rede.
Festa de 40 mil torcedores e gritos de olé. Parecia que o título estava sacramentado, mas Durval, com um gol contra aos 34, voltou a dar emoção na partida.
E Zé Love fez questão de manter a tensão. Perdeu dois gols incríveis nos minutos finais. Primeiro, errou uma cabeçada com o gol escancarado. Depois, Neymar tirou do goleiro e acertou a trave. O centroavante, livre, aproveitou a sobra e mandou para fora. Sorte dos santistas que o Peñarol não atacou mais e o árbitro ergueu o braço para delírio do estádio. Santos, tricampeão da libertadores.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 1 PEÑAROL
SANTOS: Rafael, Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Zé Eduardo. Técnico: Muricy Ramalho
PEÑAROL: Sosa, González (Albim) (Estoyanoff), Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Freitas, Aguiar, Corujo, Mier (Urretaviscaya) e Martinuccio; Olivera. Técnico: Diego Aguirre
Gols: Neymar, a 1min/2ºT; Danilo, aos 23min/2ºT; e Durval (contra), aos 34min/2/T
Árbitro: Sergio Pezzotta (Fifa-ARG)
Auxiliares: Ricardo Casas (ARG) e Hernán Maidana (ARG)
Horário: 21h50
Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Cartões amarelos: González e Corujo (PEN) e Zé Love (SAN)
Público total: 40.157
Renda: R$ 4.266.670,00
Fonte: eBand