Cobrança de pedádio revolta produtores e motoristas
Sensacionalizada como a maior ponte de madeira do mundo, com 360 metros de cumprimento, localizada na PA 254, sobre o rio Curuá, à 64 Km da sede do município de Alenquer, continua sendo fonte geradora de notícia. O empreendimento foi construído pelo então prefeito Cleóstenes Farias do Vale. A “obra prima” foi entregue à população após sua inauguração no dia 19 de abril de 2008. A exemplo do Porto Hidroviário, foi mais um desperdício de dinheiro público, causando controvérsias, revolta e indignação ao contribuinte, já que após seu desabamento está completamente inutilizada.
Vale ressaltar que a referida ponte interligava toda a Região da Calha Norte. Por isso, bem ou mal construída, de certa forma, serviu provisoriamente a milhares de pessoas e veículos que por ali transitaram. Frisa-se também que, apesar de ter tido vida útil em curto espaço de tempo, não acusou evidentemente, nenhum risco iminente. Pelo contrário, facilitou a vida dos produtores, principalmente na escoação de seus respectivos produtos agropecuários.
Destarte, várias ações transitam na Justiça, objeto de denúncias, as quais são fruto de polêmicas relacionadas a dano e impacto ambiental, segurança e altura. No ponto de vista da acessibilidade, cerceou o direito de ir e vir das embarcações, como também nas transações comerciais: Extrativista, pecuária, agrícola, transporte de enfermos, etc.
A bem da verdade, há muito tempo, devido estação invernosa e o fenômeno das correntezas que deságuam de dezenas de cachoeiras, o empreendimento deu os primeiros sinais que não suportaria as enxurradas, e consequentemente mais cedo ou mais tarde desabaria. Dessa forma, tal processo desencadeou no comprometimento de toda sua estrutura, culminando em prejuízos incalculáveis para os cofres públicos.
Assim sendo, em virtude intrafegabilidade de veículos, tais como: caminhões, ônibus, automóveis, motocicletas e carroças transportadas por animais, voltaram-se os velhos problemas e as velhas humilhações. Ocorre que, o responsável pela balsa, que por sinal é Patrimônio Público Estadual, está cobrando pedágio exorbitante no valor de R$ 50,00 por veículo transportado.
Denúncias dão conta que, como se não bastasse a acintosa abusividade, aleatoriamente imprimida pelo indivíduo, o mesmo estipulou seu horário de trabalho, ditando, portanto, suas normas para servir os usuários. Dessa forma, os prejudicados pedem providências das autoridades inerentes à questão, por mais esse absurdo sem precedente no município de Alenquer, em pleno século XXI.
Jornal O Impacto