Microsoft mostra o novo Windows 8

A Microsoft mostrou detalhes do Windows 8 nesta terça-feira (13), durante abertura da conferência Built, em Anaheim, na Califórnia. O programa, que será voltado não apenas para computadores tradicionais com processadores Intel (PCs), mas também para tablets, trará nova interface voltada para controle por tela sensível ao toque e uma loja digital para compra e download gratuito de aplicativos.

Na apresentação do novo sistema operacional, feita pelo presidente da divisão de Windows da Microsoft, Steven Sinofsky, a companhia anunciou que a nova versão não marca uma ruptura em relação ao Windows 7, e que programas criados para o sistema atual serão compatíveis com o Windows 8.

Tela inciar do novo Windows, também com o visual 'MetroUI', mais indicado para tablets e computadores operados por telas sensíveis ao toque

A adaptação do Windows tradicional para uso em tablets com arquitetura ARM – anunciada pelo presidente da empresa Steve Ballmer em janeiro – mostra que a Microsoft adota uma estratégia diferente da atual líder deste novo mercado, a Apple. A companhia fundada por Steve Jobs tem sistemas diferentes para linhas de produto distintas, o iPad e os computadores Mac. A Microsoft decidiu fazer um sistema único.

‘Touch-centric’
“É uma evolução. Tudo o que já era bom no Windows 7, ficará melhor no Windows 8”, afirmou Sinofsky. Durante a apresentação, o executivo usou um netbook da Lenovo que já havia sido utilizado há 3 anos na apresentação do Windows 7. O sistema antigo ocupava 540 MB de memória RAM da máquina. A nova versão “emagreceu”, e utiliza 281 MB.

Durante a apresentação, Sinofsky reforçou que a Microsoft quer trazer o Windows para a nova tendência de computadores em formato de tablets, mas sem quebrar as funções que fizeram do Windows 7 o maior sucesso da empresa. O sucessor do Vista vendeu 450 milhões de cópias, e após 3 anos no mercado, finalmente uperou o Windows XP – lançado em 2001 – como sistema operacional mais usado.

De acordo com Sinofsky, o programa seguirá duas tendências que surgiram nos últimos anos: telas sensíveis ao toque e equipamentos portáteis, que o usuário não se contenta em apenas transportar, mas quer usar enquanto se movimenta. “Um novo jeito de usar o computador surgiu e queremos que o windows responda a isso”, afirmou Sinofsky, que repetiu durante toda a apresentação que a nova interface é “touch-centric”, ou seja, voltada para ser operada por toques na tela.

“O Windows 7 já estava habilitado para telas sensíveis ao toque, mas nós melhoramos muito no Windows 8. Uma vez que você usa um equipamento com tela sensível ao toque com Windows 8, você vai querer tocar em qualquer equipamento”.

“Mas haverá um momento em que você pode precisar de um mouse ou um teclado, e o Windows 8 poderá funcionar da maneira tradicional também. É você quem deve escolher a maneira de interagir com o programa”, afirmou Sinofsky.

Esta é a área de trabalho do novo Windows 8, que utiliza a chamada interface de usuário 'MetroUI', herdada do Zune e atualmente utilizada nos telefones celulares com Windows Phone 7

Tela inicial
Se a principal mudança no novo Windows está na interface gráfica, a tela inicial é o que mais chama a atenção. Baseada na chamada “MetroUI”, criada originalmente para o tocador de MP3 Zune mas que já foi integrada aos telefones com Windows Phone 7 e ao videogame Xbox, a tela utiliza “blocos” para representar programas e funções do sistema operacional.

“A tela inicial representa um ponto central para a abertura de programas e para acessar os que já estão funcionando”, afirmou Sinofsky. Dentro dos aplicativos, o usuário pode acessar uma barra de tarefas no canto inferior e outra no canto direito –é preciso deslizar o dedo sobre a tela para acessá-las. A do canto direito permite a interação entre aplicativos e o acesso a funções do próprio Windows.

Para os desenvolvedores, o Windows 8 parece trazer mais opções de criação na comparação com um de seus novos concorrentes, o iPad. “O Windows 8 deixa você escolher a linguagem que quer usar para constriuir seu aplicativo”, disse Sinofsky.

Uma mudança relevante para desenvolvedores é a forma de disponibilizar programas para usuários. Agora, será possível comprar ou baixar gratuitamente aplicativos de uma loja digital gerenciada pela Microsoft, como a famosa “App Store” da Apple ou o Android Market, do sistema operacional do Google para celulares e tablets.

“Queremos manter vivo o ecossistema que já existe em torno do Windows, mas vamos oferecer também esta nova opção para desenvolvedores”, disse Sinofsky. A loja de aplicativos também funcionará no esquema de “blocos”, por meio dos quais o usuário poderá navegar e escolher seus programas.

Do g1

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