A GREVE

Professores do Ensino Médio e Fundamental decidiram fazer nova paralisação, reivindicando o pagamento  imediato da diferença do Piso  Salarial Nacional que é de R$ 1.187,00. Conforme foi acertado nas negociações entre a categoria e o Sr. Governador Simão Jatene, nada foi cumprido como se esperava. Os profissionais da educação serviram apenas de massa de manobra. Acreditaram piamente nos resultados dos acordos. Diante do que se viu fica clara a angústia profunda que atingiu a todos. 

Falando do piso atual o valor foi aprovado pelo Congresso Nacional. Também teve seu referendo pelo Superior Tribunal, após ser contestado por cinco governadores que não queriam nem ouvir falar em melhorias para vida de quem trabalha na educação, sem contar com tantos outros que ficam só de longe. O motivo para que um dia fosse aprovado um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração ( PCCR) teve como base um longa luta dos que trabalham na educação e se organizaram como classe trabalhadora na estrutura sindical  .

O cumprimento de acordos feitos até agora não foi visto por ninguém. O piso salarial nacional em vigor já vai ser reajustado, porém os profissionais de ensino público  ainda não conseguiram receber o que está em vigor.

Como teremos ensino de qualidade se os que lutam em favor da educação não são valorizados. Por isso vários municípios já fizeram adesão a greve. Todos sabemos  que greve não é feita de brincadeirinha. Acontece quando não se chega a um denominador comum nas negociações. É justamente o que vem acontecendo entre professores e o Sr. Jatene.

A categoria decidiu manter a greve na tentativa de receber o Piso Salarial Nacional de forma integral. A importância do Plano, Cargos, Carreiras e Remuneração (PCRR), do faz de conta, foi apenas uma manobra do governo para tentar acalmar os ânimos. Não tem apenas um motivo para que se faça a greve. São diversos, além do pagamento integral do Piso Nacional, tem reivindicações para que se faça uma reformulação do PCCR. Inclue-se reforma de escolas que estão caindo aos pedaços, a contratação dos aprovador em concursos, eleição de diretores, inclusão dos funcionários da educação no Plano de Carreira . Igualdade de Piso e vencimento base para os Pedagogos.

O governado do Estado do Pará em vez de reação negativa, voltada para as reivindicações, deveria cumprir com aquilo que ficou acertado na mesa de negociação. Todos sabemos que nada foi cumprido sob o argumento de que não tem dinheiro. É simples enganação. O prejuízo fica para a educação e seus profissionais.

Por: José Alves

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