BOLSA DISSO BOLSA DAQUILO

O nosso governo quer erradicar a pobreza com programas sociais distribuindo dinheiro à população mais carente. Ou seja, está dando o peixe, em vez de ensinar a pescar.

A população enorme que aprendeu a só ganhar dinheiro fácil, sem trabalhar vai fazer o quê daqui a alguns anos? Continuar recebendo bolsas? Já se passaram mais de dez anos nestes programas sociais, de bolsa família e outros. Não já seria tempo o suficiente para as famílias suprirem seu próprio sustento?

Em uma casa, quem arca com as despesas? É quem trabalha. Assim, em um país quem paga a conta é quem trabalha.

O artigo 3º da Constituição Federal de 1988 afirma que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Existe desenvolvimento nacional em um Estado que ensinar seu povo a não trabalhar?

Pesquisando percebi que após esses planos de governo, ficou difícil encontrar pessoas para o trabalho. Aqui em Santarém, tenho vivido isso na prática e ouvido reclamações de mulheres que não encontram pessoas para serem funcionárias domésticas, pois com a variação de “mesadas” que recebem, elas entendem que não precisam trabalhar para ajudar no sustento de sua família.

Nenhuma Nação pode ser edificada e subsistir mediante esmolas para o povo. Os governantes da antiga Roma insistiram em dar “pão e circo” para sua população, e o resultado foi a degradação moral daquele povo. Todo crescimento saudável na área econômica, social e política advém do trabalho, da perseverança e da disciplina ética e moral.

Essas bolsas enganam o povo, incentiva a ociosidade e a dependência do Estado.

Ilude o povo, no sentido que é um “benefício do Estado”, quando na verdade, todos os recursos são retirados, através de tributos, da própria população. O Estado não produz recursos, ele retira-os de trabalhadores e empreendedores que são os que pagam a conta de uma população que não trabalha.

O Estado precisa incentivar o trabalho e o empreendedorismo, e não o ócio. É compra de voto fora do período eleitoral camuflada de programa de governo.

A única exigência (manter os filhos na escola e vacinados) é uma obrigação constitucional de todos os pais. Receber dinheiro por cumprir uma obrigação moral e constitucional é um desvio ético grave numa sociedade. Pagar o pai e a mãe para manter os filhos na escola é um absurdo. Não incentiva a cidadania e a responsabilidade pelos próprios atos.

Muitos beneficiados utilizam os recursos para compra de cigarros, bebidas alcoólicas, drogas, prostituição etc. aumentando o problema social da família, ao invés de reduzi-lo.

Resolve só parte do problema da pobreza e em curto prazo. A longo prazo, o programa é maléfico para a Nação e para o povo, pois não cria uma disciplina ao trabalho.

Não tenho visto alguém “subir na vida” porque recebeu esmolas. Ao contrário, quanto mais dependente de outros, menor a chance de progresso.

É uma pena que esta matéria não será lida por pessoas que devem aprender algo com isso, pois o público que procura ler um jornal é uma população esclarecida, trabalhadora, que não depende de esmola estatal.

Mas peço que você nobre leitor, mostre essa matéria a seu funcionário doméstico e outros, para que ele abra os olhos, seja esclarecido.

Por: Jacqueline Ferreira