Servidores do Judiciário cruzam os braços na terça
“Chegou a hora, todos parados!”, essa é frase que se lê no alto do panfleto que vem sendo distribuído pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário do Pará (Sintej). De acordo com o diretor jurídico do sindicato, Antônio do Carmo, os servidores do Judiciário deverão paralisar as atividades na próxima terça-feira, 13. Uma assembléia geral será realizada pela manhã e decidirá se os trabalhadores entrarão ou não em greve.
A principal pauta de reivindicação dos trabalhadores é um reajuste de 27,77% para todos os servidores do Judiciário do Estado, na database de maio. Segundo documento apresentado por Carmo, o aumento foi dado ano passado, mas apenas para assessores de desembargadores.
Segundo o sindicalista, a maioria dos assessores de desembargadores desempenham cargos de confiança e seus salários foram de R$ 7.846,24 para R$ 9.565,20. “Nós estamos tentando contato, desde o ano passado, com a presidente do tribunal para formalizar uma mesa de negociação permanente que discutiria essa e outras pautas”, alega o diretor do Sinjep. Os funcionários também exigem uma ação cobrança de 24,55%, a criação desta mesa de negociação permanente e a revisão do plano de cargos, carreiras e salários.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta que prevê aumento de apenas 5,48%. “Nós lidamos diretamente com o público, lidamos com processos cheios de complicações e estamos abarrotados deles. Apesar dos concursos públicos que estão abrindo, o número de pessoas no Judiciário do Pará ainda é pouco para a quantidade de processos”, afirma o diretor jurídico do Sinjep.
Documentos apresentados por Antônio do Carmo comprovam que os servidores vêm tentando contato com a Secretária de Gestão de Pessoas e Secretaria de Planejamento do TJE/PA desde o ano passado. De acordo com os servidores, uma assembléia geral de negociação deveria acontecer no último dia 6, mas foi desmarcada em cima da hora pela direção do TJE/PA. O DIÁRIO tentou contato com a assessoria de impressa do Tribunal de Justiça do Estado, mas não conseguiu resposta até o final desta edição.
Fonte: Diário do Pará