Prefeito do Rio chama Ministro da Saúde de ‘fanfarrão’
Em uma noite de festa para os servidores municipais do Rio de Janeiro, durante a divulgação dos resultados de metas das secretarias, nesta segunda-feira (12), o prefeito Eduardo Paes, ao elogiar o desempenho dos milhares de funcionários ali presentes, voltou a criticar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o chamou de “fanfarrão”, se referindo à avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS), que apontou o Rio como a capital brasileira com o pior índice.
“Apesar do ministro fanfarrão da Saúde, estamos fazendo avanços em vários níveis da Saúde”, disse o prefeito do Rio, ao abrir o evento.
Uma das metas atingidas pela Secretaria municipal de Saúde – que alcançou nota 8,3 – foi aumentar em mais de 10 vezes a cobertura do programa Saúde da Família até 2012, tendo como referência o ano de 2008.
O G1 entrou em contato com o Ministério da Saúde na época da divulgação dos índices do SUS, quando Paes já havia feito críticas. A assessoria, na ocasião, disse que não iria se manifestar sobre a declaração do prefeito. No início do mês, quando o índice sobre o SUS foi lançado, o ministro disse que a avaliação do Rio de Janeiro iria melhorar no futuro, em função dos investimentos da prefeitura na saúde básica em 2011. “Se fosse possível adotar os dados só de um ano, de 2011, só a ampliação das clínicas de família já colocaria o Rio de Janeiro acima da média nacional”, afirmou o ministro à época, em entrevista à Globo News.
A premiação da terceira edição do Acordo de Resultados, um projeto da Secretaria municipal da Casa Civil, vai pagar cerca de R$ 250 milhões aos servidores que atingiram as metas de 2011. Os premiados receberão, no próximo dia 15, um bônus de meio a dois salários pelas melhorias na prestação de serviço público. Ao fim do evento, o público contou com show de Zeca Pagodinho.
Metas
Segundo a prefeitura, 88% das metas foram alcançadas – um resultado melhor do que o do ano anterior, quando foram 83%. Foram avaliados mais de 93 mil servidores, de 39 órgãos da prefeitura. Desses, 36 atingiram as metas e somaram nota igual ou superior a oito. Os únicos órgãos que ficaram com nota abaixo de 8 foram: Secretaria de Cultura, Secretaria de Esporte e Lazer e a Riourbe.
“Seja na iniciativa privada, seja no serviço público, todo mundo gosta de ser reconhecido”, disse o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho. Para os que não alcançaram as metas, um recado: “Revisar procedimentos internos e ficar a atento a prazos e orçamentos”.
Um dos problemas da secretaria de Cultura foi não ter conseguido inaugurar o Centro Cultural João Nogueira, no Méier. O espaço, que vai funcionar onde existiu o antigo cinema Imperator, estava previsto para ficar pronto em janeiro. A nova data para a abertura é no final de junho.
Outro dado negativo foi da secretaria de Transportes, que deveria reduzir em 10% os acidentes de trânsito com vítimas entre 2008 e 2012. A meta era de 670,4 acidentes por cem mil veículos, mas o número ficou em 826,37.
Destaques
O combate à desordem na cidade foi um dos principais alvos da prefeitura em 2011. Para isso a Guarda Municipal ganhou reforço. Nas ruas eram cerca de mil homens trabalhando. Em um ano, o efetivo subiu para mais 2.297 guardas municipais diariamente.
A criação das chamadas UOPs (Unidades de Ordem Pública) deram agilidade a solução dos problemas que chegam pelo 1746, o teleatendimento da prefeitura.
Já a secretaria de Meio Ambiente superou um resultado negativo de 2010. A equipe responsável conseguiu reflorestar uma área de 1.500 hectares.
Na Educação, estavam previstas 13 mil novas vagas em creches públicas. Foram criadas 13.097.
Fonte: G1