Pescador denuncia irregularidades na colônia de pescadores de Itaituba

Se fôssemos computar os absurdos que ocorrem em Itaituba, ao invés de capital do ouro poderíamos chamá-la de capital dos absurdos, dos contrates ou outras expressões do gênero. Alguém já imaginou uma entidade que defende os pescadores proibir que outra instituição libere dinheiro do Seguro Defeso aos seus associados.
E que tal a mesma entidade promover uma eleição onde mais da metade dos associados não seriam pescadores? Essas e outras denúncias bizarras foram feitas pelo associado Francisco Ferreira, conhecido por Tucurui, na Tribuna da Câmara, na quarta-feira, dia21.
Tucurui foi pedir “socorro” aos vereadores para que evitem o que considera uma farsa, a eleição para escolha da nova diretoria que já seria um jogo de cartas marcadas, com vitória certa ao atual presidente Walter Mendes, que é acusado de manipulação para se alongar no Poder como presidente sem prestar conta dos seus atos como presidente.
Tucurui disse que inclusive os verdadeiros associados revoltados com tanta falta de transparência estariam se negando a pagar suas mensalidades, como forma de protesto. Sobre o pedido de intervenção da Câmara, o vereador Luiz Fernando Sadeck ”Peninha ”, do PMDB, explicou que a Câmara não tem amparo e nem poderes legais para interferir numa questão interna da Colônia dos Pescadores, aconselhando que os revoltosos entrem na Justiça com uma liminar suspendendo a eleição.
O presidente da Casa, vereador Cebola, se comprometeu em ajudar cedendo o advogado da Câmara para apoiar a causa dos pescadores descontentes. Tucurui disse, ainda na Tribuna, que dos atuais 1.300 sócios da Colônia de Pescadores cerca de 400 não são pescadores e que foram registrados apenas para dar sustentação ao atual presidente. Tucurui questionou, também, o que considera muito estranho, a atitude do atual presidente de querer prestar contas já que os membros se retiraram da Diretoria.
Francisco Ferreira informou que o mandato do atual presidente já venceu e que foi proposta a formação de uma junta governativa até que fosse feita uma eleição em respeito ao estatuto da entidade que não estaria sendo respeitado.
Fonte: RG 15/O Impacto e Nazareno Santos