Alunos da rede estadual de ensino voltam às aulas

Na manhã desta segunda-feira (16) muita ansiedade dos alunos da rede estadual de ensino para o início do ano letivo de 2012.  A reformulação no calendário do início das atividades foi devido a greve dos professores junto ao governo do estado do Pará, em 2011. Uma das reivindicações estava o piso salarial nacional a ser pago à categoria. E ter um ano letivo sem interferências das greves, é o pedido do alunado.  “Eu espero que nós possamos ter um ano de atividades escolar bem tranqüilo. Principalmente sem greves, porque essas interrupções prejudicam muito o nosso dia-a-dia na escola. As matérias são repassadas depois muito corrida e fica muito ruim”, a explicação vem da aluna do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Pedro Álvares Cabral, Rafaela Medeiros.

A coordenadora do Sindicato dos trabalhadores em Educação Pública do Estado (SINTEPP), Isabel Marinho, disse que todos os professores estão retornando para as escolas com a mesma carga horária de 2011. Porque ainda não iniciou o processo de lotação de 2012. Ela explica sobre a diminuição dos alunos devido a diferença do início do ano letivo do Estado com a rede de ensino do Município. “Como houve esse espaço de tempo longo, com o início do ano letivo do Município com o inicio do ano letivo do Estado, alguns alunos acabaram procurando a rede municipal ou a rede particular. Mas, hoje nós estamos percebendo que com o início do ano letivo, alguns alunos estão voltando a procurar a vaga da rede estadual novamente”, informou Isabel Marinho.

Isabel Marinho

Em relação ao movimento grevista, Isabel diz que a categoria permanece em estado de greve. E as negociações continuam a serem feitas com o governo. “A nossa coordenação estadual continua com as negociações com o governo, não terminou ainda. A gente está aguardando com ansiedade como virá o contra-cheque do servidor, agora no mês de abril, com algumas alterações, permanece o estado de greve, como está desde o ano passade. Mas, com  certeza nenhuma atitude precipitada será tomada. A gente acredita muito no diálogo, na negociação. E nós estamos torcendo muito que seja encaminhado da maior maneira possível, para que possamos levar esse ano letivo sem greves no estado”.

O piso nacional pago em março pelo Estado, no valor de R$ 1.451,00 aos professores não foi rentável para a classe. “Quando o Governador deu o piso de 2012 pra gente, ele tirou outros abonos que nós tínhamos. Inclusive tem servidor nos mês de março que recebeu menos do que no mês de fevereiro, quando foi feita a alteração do novo piso. Mas, as negociações continuam. Existe uma perspectiva de que o nosso auxílio alimentação possa melhorar também o valor e a gente está nesse aguardo, esperando sinceramente que não haja a necessidade de paralisar as aulas. Porque eu tenho certeza que essa não é uma vontade da categoria”, declarou Isabel Marinho.

Fonte: RGF 15/O Impacto e Alciane Ayres

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