Inadimplência sobe pela 1ª vez no ano em março, diz Serasa Experian

Após três quedas mensais consecutivas a inadimplência voltou a crescer em março, informou nesta segunda-feira a Serasa Experian. A elevação de 4,9% no mês ante fevereiro foi puxada por dívidas não bancárias e cheques sem fundos.

A alta foi sazonal, segundo a empresa, porque trata-se de um período em o consumidor acabou de pagar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e ainda tem pressões do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial urbana (IPTU) e dos gastos escolares no orçamento. Ainda de acordo com a Serasa Experian, os juros elevados continuam a prejudicar o consumidor mais endividado no cheque especial e no rotativo do cartão de crédito.

Além disso, fevereiro deste ano teve 19 dias úteis por causa do carnaval, contra 22 dias úteis em março. O chamado efeito calendário também se refletiu neste aumento do indicador da inadimplência. Na comparação com março do ano passado, o indicador teve alta de 19,8%. No primeiro trimestre do ano, o índice de inadimplência medido pela Serasa acumula aumento de 18,2%, inferior ao do mesmo período de 2011 (21,4%).

Na decomposição do indicador na comparação com fevereiro, todas as modalidades da inadimplência apresentaram alta. A inadimplência não bancária (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) e os cheques sem fundos puxaram o crescimento do índice com variação de 6,9% e 18% e contribuição de 2,7% e 1,7%, respectivamente.

As dívidas com os bancos e os títulos protestados contribuíram com 0,1% e 0,3%, respectivamente, para o aumento do indicador de inadimplência do consumidor.

O aumento da inadimplência foi acompanhado da elevação do valor médio das dívidas em março. O valor médio das dívidas não bancárias aumentou 27% sobre março do ano passado, para R$ 404,57; já o dos cheques sem fundos subiu 13% na mesma comparação, para R$ 1.428; e o dos títulos protestados cresceu 9,7% para 1.331. O valor das dívidas com os bancos se manteve praticamente estável, com aumento de 0,1%, para R$ 1.286.

Fonte: O Globo

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