Cultivo de hortaliças no currículo escolar

Cultivo de hortaliças na educação

Uma boa ideia, parceria e educação são os componentes de um projeto que faz a diferença na educação formal dos estudantes do município de Terra Santa, no oeste paraense, onde funciona o projeto Escola no Campo.

As Secretarias de Educação e Agricultura do município se uniram à Mineração Rio do Norte e à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) para desenvolver o projeto que leva as técnicas de plantio de hortaliças para a sala de aula. A ação funciona com alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental no Campo Francisca de Souza Barbosa há dez anos. No projeto, crianças e adolescentes aprendem a cultivar a terra e ajudam a produzir hortaliças que são inseridas na merenda escolar da rede pública. Hoje, 100% da produção de itens como couve, cebolinha, coentro e feijão de corda usados na merenda escolar são provenientes das hortas do projeto. São produtos que alimentam, atualmente, 4.700 alunos da zona urbana do município.

O alvo do projeto são estudantes de 5ª à 8ª séries.  A disciplina Práticas no Campo é ministrada por um pedagogo e técnico agrícola, com o auxílio de dois monitores. Além da horta existente na escola, os estudantes também participam de aulas práticas na Escola Rural, espaço gerenciado pela Emater. É lá que os alunos acompanham uma produção em maior escala, feita em canteiros maiores, e têm noção de como pode funcionar uma produção comercial.

“As aulas teóricas acontecem no horário normal de aula e as práticas são executadas no contraturno, quando os alunos vão para a horta da escola praticar os conhecimentos que aprenderam na sala. Nossa intenção é ensiná-los a trabalhar com a terra, conhecer um pouco mais nossas hortaliças, incentivando seu cultivo para o consumo ou comércio”, explica Norma Pantoja Coelho, secretária Municipal de Educação.

Os alunos já aplicam as técnicas de cultivo em suas residências. “Na escola, aprendi a dar valor às verduras, tanto que eu tenho uma horta em casa com cebolinha, pimentão, couve e cebola”, diz a estudante Kelem Lima de Sousa.

As escolas da zona rural ainda não fazem parte do projeto. Mas os professores já estão sendo incentivamos a adotar a prática da horta. “Dentre as atividades de capacitação dos professores da zona rural está esse incentivo. Todos os meses eles vêm para a cidade para se capacitar e a prática do campo estão entre as atividades desenvolvidas”, ressalta a secretária de Educação.

Para 2012, a perspectiva da Secretaria de Educação é trazer os pais para participar das atividades propostas pelo projeto.

Em dez anos de projeto, 4954 estudantes já aprenderam as técnicas de cultivo que também auxiliam as famílias na produção de pequenos canteiros. Benefício não só para a merenda escolar como também um incremento nutricional na alimentação da população e uma boa economia em casa.

Fonte: Érica Bernardo/MRN

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