Contraventores soltos: Beltrame afirma que continuará o combate ao jogo do bicho no Rio
A Secretaria estadual de Segurança informou, em nota, nesta terça-feira, que respeita e acata a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de colocar em liberdade os contraventores Aniz Abrahão David, o Anísio, patrono da Beija Flor; Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães; e Antônio Petrus Kalil, o Turcão, apontados como chefes de um esquema de exploração de jogos ilegais no Rio. No entanto, a secretaria ressalta que continuará – com apoio das polícias Civil e Militar – seu esforço para combater e enquadrar legalmente o jogo do bicho, e outros crimes cometidos por bicheiros, como contrabando, jogos ilegais de caça-níqueis, extorsão, formação de quadrilha, manipulação dos resultados dos sorteios, ameaças, violências físicas contra inocentes e assassinatos.
De acordo com a nota, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e secretários de segurança de outros estados, já pediram ao Congresso Nacional a alteração do Código Penal, de forma a tipificar como crime tanto o jogo do bicho quanto as milícias, visando a permitir que bicheiros e milicianos possam ser presos mais rapidamente e, ao mesmo tempo, evitar que, após sua prisão, eles utilizem as brechas da atual legislação penal para recuperar sua liberdade na Justiça.
“Se o bicho e a milícia forem tipificados de forma clara e direta no Código Penal, todas as polícias do Brasil terão muito mais agilidade e eficiência na prisão de bicheiros e milicianos. E, depois de presos, esses criminosos não terão tanta facilidade para conseguir sua libertação através das vias legais, como vem acontecendo há anos. É muito desgastante para as Polícias e para a sociedade ver esses criminosos sendo presos várias vezes e, depois de algum tempo, eles conseguirem de volta sua liberdade para cometer novos crimes” afirmou, em nota, Beltrame.
Os contraventores foram beneficiados por alvarás de soltura expedidos pelo STF, no último dia 1º. Eles haviam sido presos no dia 13 de março, com outras sete pessoas, na Operação Hurricane, desencadeada pela Polícia Federal.
Fonte: O Globo