Petrobras tomba mais de 7% e derruba Bovespa; dólar sobe
As bolsas internacionais operavam em forte queda nesta segunda-feira, sob expectativa da próxima reunião dos líderes da União Europeia no fim da semana. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caía também, puxada principalmente pela desvalorização das ações da Petrobras, que respondem por 11% do Ibovespa, índice referência do mercado brasileiro. Por volta de 12h42m, o Ibovespa caía 2,68%, aos 53.953 pontos.
No mercado de câmbio local, o dólar comercial avançava 0,48% ante o real, a R$ 2,074 para venda.
Mesmo depois do reajuste de 7,8% no preço da gasolina e de 3,9% no diesel, as ações da Petrobras operavam em forte queda, em uma reação negativa do mercado à proporção do aumento. A presidente da empresa, Maria das Graças Foster, detalhou aos investidores o novo plano de negócios da companhia na manhã desta segunda-feira, em que foram revistas para baixo as metas de produção.
A preferencial (PN, sem direito a voto) da petrolífera caía 6,85%, a R$ 18,21, enquanto a ordinária (ON, com direito de voto) retrocedia 6,94%, a R$ 18,76. Na mínima do pregão, os papéis da petrolífera chegaram a cair 7,31% e 7,39% respectivamente. Vale PN recuava 2,29%, a R$ 37,92. OGX Petróleo ON tombava 6,16%, a R$ 8,68.
— O reajuste do preço acabou saindo equivalente a quase metade do que o mercado estava especulando. Além disso, a Petrobras revisou a meta de produção. Isso já tinha saído, mas o mercado voltou a bater em cima — avalia João Pedro Brugger, analista da Leme Investimentos.
Em Wall Street, Dow Jones caía 1,33%, enqunato S&P 500 e Nasdaq recuavam 1,57% e 2,11% respectivamente.
Na Europa, mais um dia de fortes perdas. Em Londres, o FTSE 100 caía 1,02%, enquanto o CAC 40 recuava 2,08% em Paris. O DAX, de Frankfurt, perdia 1,81%. O IBEX 35, de Madri, tombava 3,44%, enquanto o FTSE MIB, de Milão, tinha baixa de 4,03%.
— É um dia de mau humor nercado europeu. Parece que os investidores estão um pouco cansados de nas últimas reuniões não terem ocorrido definição de um plano conjunto para enfrentar a crise de frente. Esse mau humor externo também ajuda as ações da Petrobras a se desvalorizar — diz Brugger.
Fonte: O Globo