Polícia prende acusados da chacina em Aveiro

Três dos acusados do crime em Aveiro, foram transferidos para Itaituba

A Polícia Civil de Itaituba, que está investigando a chacina da Praia do Camaleão, no município de Aveiro, Oeste do Pará, ocorrida na terça-feira, dia 10, já trabalha com a probabilidade do tríplice assassinato ter sido motivado por “Conflito entre famílias”. As vítimas desse crime que chocou toda a região Oeste do Pará foram os irmãos Paulo Dias Monteiro, “Babau”, Zaqueu Dias Monteiro e seu primo Olivaldo Anderson Monteiro, “Pengue” irmãos Paulo Dias Monteiro “Babau” e Zaqueu Dias Monteiro, bem como do primo Olivaldo Anderson Monteiro “Pengue”. Segundo informações colhidas por nossa reportagem, “Pengue”, era jogador de futebol e havia atuado pelo São Raimundo de Santarém.

Cinco pessoas já foram detidas pela equipe do delegado Cleber Pascoal, com possível envolvimento no crime macabro, Um deles, de nome Eudes, teria uma rixa antiga com a vítima Paulo Dias Monteiro, o ‘Babau’.

O crime, a princípio cercado de “mistérios”, já está praticamente elucidado e caso fique comprovado o envolvimento dos acusados a Polícia deverá indiciá-los por triplo homicídio. O que mais deixa a população estarrecida é que a tragédia ocorreu entre parentes, onde os envolvidos tanto os mortos quanto os acusados, são primos.

O pai de duas das vítimas também foi assassinado e muitos ainda tentam ligar esse crime com a chacina ocorrida na praia do Camaleão, próxima a comunidade de Daniel de Carvalho, no município de Aveiro, onde os jovens moravam e promoviam pescarias com freqüência.

Envolvidos: Por determinação do Superintendente Regional do Tapajós, Delegado Edinaldo Silva de Sousa, foram transferidos da Delegacia de Polícia de Aveiro para a 19ª Seccional Urbana de Itaituba, três, dos seis, acusados do triplo assassinato. Os transferidos foram: o adolescente E.S.A., vulgo ‘Eudes’; seu irmão Melque Silva Albuquerque, vulgo ‘Boto’; e Edmundo Rodrigues Campos, vulgo ‘Cocó’ ou ‘Negão’. A transferência aconteceu via marítima (lancha) e os acusados foram escoltados por policiais militares e um membro do Conselho Tutelar.

Zaquel, Olivado e Paulo, vítimas da chacina que abalou a região do Tapajós

Um dos acusados permanece na Delegacia de Aveiro, o conhecido por ‘Nildão’, que ainda será interrogado pelo Delegado Cleber Pascoal e sua equipe de investigadores. Dois dos acusados ainda estão foragidos, os conhecidos por ‘Manda’ e ‘Pirá’, que seriam moradores da comunidade Santa Cruz, distante cerca de 15 minutos de lancha da cidade de Aveiro.

Histórico macabro: O Delegado Cleber Pascoal, através de depoimentos, constatou que o triplo homicídio aconteceu por volta das 21:00 ou 22:00 horas de segunda-feira, 9, e foi praticado pelo adolescente E.S.A., vulgo ‘Eudes’, de 16 anos; seu irmão Melque Silva Albuquerque, de 18 anos; Edmundo Rodrigues Campos, vulgo ‘Negão’; além dos conhecidos por ‘Pirá’; ‘Manda’ e ‘Nildão’. O crime teria sido motivado por uma rixa que nutria entre o adolescente ‘Eudes’ e a vítima Paulo ‘Babau’, visto que ‘Babau’ o teria agredido fisicamente com um tapa na face, deixando-o revoltado.

Na segunda-feira, 09, ‘Eudes’ teria sido convidado pelas vítimas Olivaldo ‘Pengue’, Zaquel ‘Zaqueu’ e Paulo ‘Babau’ para pescarem na praia do Camaleão naquela noite, mas ‘Eudes’ foi advertido pelo irmão Melque para não ir, porque ‘Babau’ já tinha lhe agredido e nunca lhe tinha feito nenhum convite, o que levou ‘Eudes’ a desistir do convite por suspeitar que ‘Babau’ poderia “aprontar” emboscada durante a pretensa pescaria.

‘Eudes’ teria despertado um ânimo de vingança, e no início daquela noite teria convidado seu irmão Melque para irem até a praia do Camaleão atrás de ‘Pengue’, ‘Zaqueu’ e ‘Babau’ para ‘acertarem as contas’.

Como também já teria apanhado de ‘Babau’, Melque teria aceitado o convite do irmão, quando pegou uma espingarda calibre 20 em sua casa e teria dito para a família que iria caçar com ‘Eudes’, álibi perfeito para despistar o crime que guardava para concretizar em sua mente assassina.

Quando seguiam para a praia, ‘Eudes’ teria dito para o irmão aguardar um pouco enquanto ia chamar uns caboclos, e pouco depois chegava Edmundo ‘Cocó’, Jocenildo ‘Nildão’, ‘Manda’ e ‘Pirá’ armados de dois terçados, e logo atrás chegava ‘Eudes’. Eles teriam encontrado as três vítimas embaixo de uma maloca bebendo vodka, foi quando Melque teria surpreendido os três companheiros de pescaria, direcionando o foco da lanterna na cara de ‘Babau’, que teria ficado revoltado e surpreso, respondido com um palavrão para quem estava focando em sua cara.

Naquele momento Melque teria rendido as três vítimas com a espingarda engatilhada e apontada para elas, mas ‘Babau’ conseguiu correr para o rio, ficando dominados somente ‘Pengue’ e ‘Zaqueu’ sob ameaça dos terçados de ‘Cocó’, ‘Nildão’, ‘Manda’ e ‘Pirá’, enquanto que Melque teria corrido, com a espingarda em punho, atrás de ‘Babau’, o alvo principal, e com a ajuda do irmão ‘Eudes’ e da canoa das vítimas, teriam conseguido alcançá-lo quando tentava se livrar nadando, e o teriam obrigado, sob a mira da arma, a retornar para a praia onde os companheiros já estavam completamente dominados.

Naquele momento, ‘Cocó’, ‘Nildão’, ‘Manda’ e ‘Pirá’ teriam assassinado as vítimas ‘Pengue’ e ‘Zaqueu’ com golpes de terçado no pescoço, enquanto que ‘Babau’ teria sido obrigado a ficar de joelhos na praia sob a mira da espingarda engatilhada pelos irmãos Melque e ‘Eudes’, sendo humilhado pelos irmãos.

Depois que teriam assassinado ‘Pengue’ e ‘Zaqueu’, os quatro teriam seguido até onde ‘Babau’ estava ajoelhado e teriam indagado se os dois irmãos não iam matá-lo, quando um deles teria desferido uma profunda facada nas costas de ‘Babau’, que teria caído ao chão, foi quando ‘Manda’ teria pegado um dos terçados e desferido um profundo golpe no pescoço da vítima, matando o rapaz sem chances de defesa.

Cara de pau: Com as três vítimas mortas, os seis suspeitos teriam saído do local do crime conversando tranquilamente e prometendo que não falariam nada a ninguém. Agora, o pior de tudo é que um dos criminosos chegou a consolar uma senhora, que chorava na hora do velório. Outro participante do bárbaro e frio assassinato chegou a carregar o caixão de uma das vitimas, sem que as pessoas da comunidade soubessem que no meio deles tivesse um dos culpados pela crueldade que fizeram com seus vizinhos. Isso mostra a frieza dos assassinos, fingindo tristeza no velório, enquanto suas almas diabólicas gargalhavam, com ecos satânicos no inferno.

Por: Nazareno Santos

3 comentários em “Polícia prende acusados da chacina em Aveiro

  • 11 de outubro de 2015 em 18:59
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    o que será aconteceu com o depoimento das testemunhas que viram Melque,Eude e seus dois irmãos mais velhos saindo para a pescaria na mesma praia e no mesmo horário que as vítimas foram pescar? uma vez que MELQUE e os irmãos afirmavam que iriam matar apenas três tucunaré e logo voltariam.

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  • 14 de julho de 2012 em 15:12
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    O pior e que nao vao morrer na cadeia Ivone, so p vc ter uma ideia eles ja ate mudaram a versao. Isso ta muito estranho tem muita coisa envolvida, matar so por causa de um tapa? A policia tem que investigar melhor isso ai. Pois e o minimo que podem fazer, pq essas vitimas nunca mais vao voltar p suas casa e suas familias que estao sofrendo principalmente as maes.

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  • 14 de julho de 2012 em 01:19
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    QUI COISA MAIS MONSTRUOSA.

    EU ESPERO QUE ELES MORRA NA CADEIA.

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