Acadêmicas de medicina são coagidas na prefeitura

O prefeito de Monte Alegre, Jardel Vasconcelos, mais uma vez volta a ser alvo de notícia negativa na mídia da região. Agora ele está sendo acusado pela médica Ilmara Sousa e por duas acadêmicas do curso de Medicina, da Universidade do Estado do Pará (UEPA), de coação e constrangimento.

Fatos:na terça-feira, dia 31 de julho, as duas acadêmicas de Medicina foram ao município de Monte Alegre e se dirigiram à Prefeitura, para que fosse mantido o convênio assinado entre a Universidade a Prefeitura de Monte Alegre, para que se realizasse estágio no Hospital daquele Município, porém, para decepção das futuras médicas, o prefeito Jardel Vasconcelos simplesmente não deu a mínima para as estudantes. Como as acadêmicas insistiram, o Prefeito levou as duas acadêmicas para seu gabinete e, na companhia de um assessor jurídico, disse que poderia até deixar as duas estudantes de medicina estagiarem no Hospital Municipal, mas que elas teriam que assinar um documento se comprometendo em trabalhar no Município pelo período de um ano. As duas acadêmicas ficaram injuriadas com a coação feita pelo Prefeito e seu assessor e decidiram voltar para Santarém.

As acadêmicas registraram BO na Delegacia contra Prefeito e assessor

Reação em Santarém: A coordenadora do Curso de internato de Medicina da UEPA, médica cardiologista Ilmara Sousa, decidiu denunciar a falta de respeito e postura de Jardel Vasconcelos, que não cumpriu com o que foi acordado em um Convênio, bem como destratou as acadêmicas. Na ocasião, Dra. Ilmara falou que a atitude tomada pelo prefeito Jardel Vasconcelos demonstra que a atual administração pública de Monte Alegre pouco caso faz com a saúde da população. “Elas foram pessimamente recebidas pelo Prefeito. Elas deveriam começar o internato rural na quarta-feira, que faz parte de um dos módulos do curso de Medicina. Mas o que aconteceu foi uma aberração. Esse Prefeito foi grosseiro com as alunas, na chegada delas a Monte Alegre não sabia nem para onde levá-las. E quando chegaram ao hotel, ele e seu assessor levaram as acadêmicas para o seu gabinete, na Prefeitura e, lá coagiram as estudantes. Nós temos convênios firmados com várias prefeituras, para estágio. Na ocasião, o Prefeito falou que não sabia de nenhum Convênio e propôs duas opções: Não tinha interesse em ter estágio de Medicina com a UEPA e que aturaria as acadêmicas por dois meses, ou então que assinassem um novo contrato constando em uma das cláusulas que elas trabalhariam por um ano no Município, após formadas. Isso é ilegal, pois o contrato tem que ser feito diretamente com a UEPA. Além disso, o médico é um profissional liberal e tem o direito de trabalhar onde quiser”, disse Dra. Ilmara Sousa.

“Estamos em contato com a assessoria jurídica da UEPA que deverá entrar com um processo contra esse Prefeito, bem como as acadêmicas irão realizar um BO contra o mesmo, por coação e constrangimento, pois elas são alunas extremamente competentes. Esse Prefeito não tem compromisso com a saúde, não tem visão de futuro e nem como gestor. Pelo visto a saúde pública está abandonada naquele Município”, declarou a médica cardiologista.

Saúde precária: A acadêmica Nayarah Castro, bastante magoada, disse que quem perde com isso é a própria população, já que após formada tem pretensões de trabalhar em Santarém ou em outra cidade do Oeste do Pará. Ela disse que só tem a lamentar com a atitude tomada pelo prefeito Jardel Vasconcelos e seu assessor. “Eu acreditava que poderia contribuir na saúde daquele Município. Esse Prefeito está proibindo a gente de exercer nosso direito. Quando nós chegamos em Monte Alegre, ele não nos recebeu, mandou outra pessoa. Ele tratou a gente como não fôssemos nada. Infelizmente eu lamento pela população de Monte Alegre, pela atitude de seu Prefeito”, disse Nayarah Castro.

Por: Carlos Cruz

6 comentários em “Acadêmicas de medicina são coagidas na prefeitura

  • 5 de agosto de 2012 em 22:19
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    Quem está com a razão eu não sei, mas entendo que um profissional da saúde deve ser tratado com mais respeito e carinho. Passaram anos numa faculdade, se dedicando com afinco e se especializando para um dia, depois de formado, poderem trabalhar numa área considerada a mais bonita de todas, que é a medicina.

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  • 3 de agosto de 2012 em 18:21
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    Tinha que acontecer isso para as pessoas e a imprensa ficarem sabendo como que o povo é tratado em monte Alegre,por esse gestor e muitas das vezes tem que ficar calado tipo se falar alguma coisa De desagrado a ele sofre retaliações ,mais o povo tem um trunfo nas mãos esse ano que é o voto. Queremos saúde,pois o hospital está entregue as ruínas , chega de tentar enganar com capinha de asfalto isso são obras eleitoreira….queremos saúde.

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  • 3 de agosto de 2012 em 13:16
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    sou montealegrense nato e tenho raizes sinto muito em ter como prefeito um monstro q ta se lixando para o descaso em nosso municipio. Sao 12 anos de sofrimento, cadê o concurso publico? Por q nao faz? Alguma coisa esta errada, temos soluçao. O nosso voto.

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  • 3 de agosto de 2012 em 00:04
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    O \”eu\”, cara. horrível sua colocação. O destrato com acadêmicos de uma área tão carente no interior do Pará, a medicina, é o mesmo que dizer: \”deixa que o povo se dane\”.

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  • 2 de agosto de 2012 em 22:34
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    Triste ver a imprensa (alguns veiculos) não procurarem os fatos:

    Leia com atenção o que diz a A acadêmica Nayarah Castro, \”ele não nos recebeu, mandou outra pessoa disse Nayarah Castro.\” diante disso só mais uma vez lamentar a irresponsabilidade de quem divulgou as informações sem ouvir o outro lado, mas aqui vai alguns tipoicos.
    A Coordenadora do Campus da EUPA de Santarém, Rosineide da Silva Bentes pediu desculpas na manhã de hoje aos representantes do prefeito Jardel em reunião que foi para discutir as denuncias da médica Ilmara Judy de que o prefeito Jardel tinha humilhado, destratado e coagido duas acadêmicas de medicina que iam passar a estagiar no município.
    Vamos aos fatos:
    1-as estudantes foram atendidas pela vice-prefeita Aldenora Coutinho;
    2-o Prefeito Jardel que participava de uma reunião se quer deu um oi as estudantes;
    3- o município sem receber nada em troca paga a cada estudante que vem fazer estagio no município três (3) salários e ainda ajuda com alimentação, transporte e moradia. O município não recebe nada em troca;
    4-no momento que foi ser explicado para as estudantes que o governo não vai aceitar o contrato da forma que está elas saíram da sala sem fosse terminado a explicação. A explicação é que o município tá precisando de médicos e nao consegue contratar e a proposta que o governo ao renovar o convenio coma UEPA é de que o estudante ao se formar que fique trabalhando no município pelo menos durante um ano, isso com todos os direitos reservados como profissional.
    5- as estudantes ao saírem ligaram para uma de suas professoras e que fez a tal publicação, diante disso a direção da UEPA vai tomar as providencias cabíveis internamente já que a referida médica não tem poder e muito menos autoridade para falar em nome da instituição.
    6- ate o meio dia de hoje (2 de agosto) a referida medica Ilmara e as duas acadêmicas não tinham ido até a UEPA relatar o ocorrido, mas o assunto já foi encaminhado para Belém e a direção disse que vai expedir uma nota de esclarecimento pedindo desculpas ao prefeito Jardel e explicado o ocorrido.
    7-as providencias jurídicas cabíveis contra a médica serão tomadas, uma vez que ela não procurou a prefeitura de Monte Alegre para apurar os fatos e muito menos repassou o assunto aos seus superiores que ficaram sabendo através da imprensa.
    8-em momento algum o prefeito pagaria multa pela rescisão do convenio, assim também a UEPA pode fazer o mesmo sem prejuízo, mas da parte da prefeitura o convenio segue da forma que está.
    Este foi de fato o que aconteceu; repito mais uma vez que o prefeito nunca teve um contato se que com essas meninas.

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  • 2 de agosto de 2012 em 18:57
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    MUIto superficial essas informações para configurar constragimento, muito menos coação, acredito que não é caso criminal, mas puramente quebra conratual ou de convênio.

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