CUT/Pará convoca candidatos para apresentar reivindicações

Martinho Souza

A Central Única dos Trabalhadores do Pará (CUT-Pará) entregará uma plataforma de reivindicações dos trabalhadores do campo e da cidade aos candidatos dos partidos políticos que disputam os cargos executivos e legislativos na eleição de 2012. Em Belém, o ato ocorrerá no dia 20 de agosto, segunda-feira, às 17 horas,  no Sindicato dos Urbanitários do Pará, localizado na Avenida Duque de Caxias, 1234, entre Lomas Valentina e Enéas Pinheiro, no bairro do Marco, quando será lançado também o Comitê Sindical da CUT Pará.  Atos semelhantes serão realizados em Marabá e Santarém e em outros municípios, explica a diretora de Comunicação da Central, Vera Paoloni.

A plataforma contém reivindicações direcionadas para a política de saúde, assistência social, democratização dos meios de comunicação, geração de emprego e renda, segurança pública, educação, saneamento, infraestrutura, energia, investimentos produtivos, reforma agrária e reforço à agricultura familiar. “São propostas para nortear a criação de políticas públicas pelos futuros gestores  municipais e têm o objetivo de combater as desigualdades regionais e interiorizar o desenvolvimento com distribuição de renda, geração de emprego e ampliação da cidadania, além de orientar os investimentos produtivos e estratégicos que permitam agregar valor e verticalizar a produção no Pará”, sinaliza a diretora.

A disputa por cargos eletivos entre políticos e partidos, segundo ela, é um momento privilegiado para cada eleitor expressar os seus anseios por meio do voto. “Os eleitores devem interagir na disputa de projetos políticos de sociedade, consubstanciados nos programas de cada candidato à prefeito e vereador neste processo eleitoral”, assevera.

Nos governos anteriores ao do ex-presidente Lula, a seu ver, se privilegiou a implantação do Estado mínimo, as fórmulas econômicas ditadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e  pelo Banco Mundial (BM) agravando a dependência internacional, o que contribuiu para gerar a exclusão social e a perda de direitos sociais. “Era um programa  sem  diálogo com os movimentos sociais e sindicais, além de ser contrário aos interesses da classe trabalhadora por privatizar o patrimônio público com prejuízo à segurança nacional e ao povo brasileiro, como ocorreu com as empresas Vale e a Rede Celpa, por exemplo”, relata Vera.

O presidente da CUT Pará, Martinho Souza, ressalta que em contraponto ao projeto de estado mínimo, existe um projeto político no qual o Estado é o indutor do desenvolvimento com justiça social, distribuição de renda, inclusão de milhares de pessoas ao mercado de trabalho, de consumo e com direitos básicos garantidos, tais como o acesso ao crédito e à moradia, além do combate à fome.

Para ele, estes dois modelos em contraste revelam o fortalecimento da democracia. Nos últimos anos, a sociedade brasileira e os setores produtivos foram ouvidos pelo governo brasileiro. “Este é o projeto que avança e respeita o Estado do Direito. Cada voto determinará o caminho que as prefeituras e as câmaras de vereadores seguirão entre estes dois projetos”, acentua.

Para o presidente da CUT Pará, a central é protagonista no processo da democratização do Brasil. “Somos independentes, mas não somos indiferentes. Temos compromissos com o povo brasileiro. Foi assim no impeachment de Collor. A militância deu respaldo ao presidente Lula quando conservadores tentaram dar um golpe visando impedir a sua reeleição. A classe trabalhadora mostrou força na eleição da presidenta Dilma Rousseff e respaldou os partidos que compõem a base da governabilidade do projeto nacional em curso. Este foi o caminho que escolhemos. É o caminho para o crescimento e a inclusão social, que prioriza os mais pobres. Este caminho passa pela vitória desse projeto social de sociedade nas prefeituras e câmaras municipais”, conclui.

Fonte: RG 15/O Impacto e Kid Reis

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