Ciclistas vão cruzar a Transamazônica

Três brasileiros começaram no domingo jornada entre o Pará e Amazonas
Três brasileiros começaram no domingo jornada entre o Pará e Amazonas

Três brasileiros começaram no domingo (13) a percorrer de bicicleta trechos da rodovia Transamazônica (BR-230), que corta a Amazônia e liga os estados da Paraíba ao Amazonas, com o objetivo de avaliar o impacto da expansão urbana e das obras de infraestrutura realizadas em diversas cidades da Região Norte.

A viagem chamada “Transamazônica+20” é uma reedição de uma jornada realizada há 20 anos por três universitários, que pedalaram durante 51 dias entre Marabá (PA) e Lábrea (AM), um percurso de 2.500 km pela estrada, com o objetivo de conhecer um Brasil que, na época, era considerado esquecido.

Osvaldo Stella Martins, 44 anos, diretor do Programa de Mudanças Climáticas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) é o único do grupo a refazer a viagem.
Alexandre Walter, que integrou a primeira equipe, não pode acompanhar por compromissos profissionais e familiares; já o alpinista Vitor Negrete morreu em 2006, aos 36 anos, durante uma expedição ao Monte Everest.

Segundo Martins, a expedição pela Transamazônica foi marcante ao ponto de alterar sua trajetória de vida. “Todo mundo ouvia falar da região amazônica, mas pouca gente conhecia o que de fato era. Para mim foi extremamente marcante, ao ponto de, então estudante de engenharia mecânica, seguir mais para o viés ambiental”, disse ele, que fez doutorado em Ecologia e trabalha com assentamentos de reforma agrária na região da Amazônia.

Com a participação de Rodrigo Zarnella, também do Ipam, e Magno Botelho, da ONG Iniciativa Verde, o grupo pretende coletar dados sobre o desmatamento da floresta, índices de desenvolvimento humano das cidades, além de ouvir personagens que sobreviveram ao desenvolvimento da região nas últimas duas décadas.
Os ambientalistas vão percorrer o trecho em três fases. Inicialmente, as bicicletas andarão os 560 km que separam Marabá de Altamira, ambas cidades do Pará. Em junho e outubro, a expedição percorrerá outros dois trechos que, somados, totalizam 980 km.
“O objetivo é fornecer um olhar diferente, que possa contribuir para o entendimento mais amplo da sociedade brasileira em relação à Amazônia”, explica Martins.

“Queremos responder com a viagem algumas perguntas sobre o impacto de investimentos na região, como a usina de Belo Monte. Queremos saber qual o legado desse empreendimento na região e entender […] como isso contribui para o meio ambiente, para a economia e qualidade de vida das populações locais”, explica.
Detalhes da viagem podem ser conferidos no blog mantido pela equipe. Para acessá-lo, basta clicar aqui.

 

Imagens mostram estado da rodovia Transamazônica.
Imagens mostram estado da rodovia Transamazônica entre 1992 e 1993(Foto: Divulgação)

Fonte: G1

 

Um comentário em “Ciclistas vão cruzar a Transamazônica

  • 14 de janeiro de 2013 em 15:33
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    Importante a iniciativa dos três brasileiros, que iniciam uma nova etapa da viagem chamada “Transamazônica+20”, a qual é uma reedição de uma jornada realizada há 20 anos pelos três universitários, conforme a reportagem; importante e relevante acredito, pois agora após os 20 anos passados poderão observar que nossa região poderia estar em situação melhor, mais amparada, com maior estrutura viária, principalmente nossas rodovias Transamazônica (BR-230) e Cuiabá-Santarém (BR-163), às quais conheço particularmente há 30 anos, convivendo intensamente com os buracos, poeira e lama; imagino que no final da iniciativa, o diagnóstico deverá ser que, precisamos todos nos unir e pressionar o Governo Federal, para olhar sério para o povo e toda a sociedade que mora, sobrevive na região Norte do País, para que estas importantes rodovias sejam efetivamente asfaltadas; o povo da região necessita de rodovia asfaltada e com manutenção; o Povo da região está cansado de comer tanta lama e poeira e de quebrar tanto carro, nessa tristeza de estrada; estrada sim, pois não podemos chamar de rodovia; o Povo merece melhorias de suas condições de ir e vir; merece e carece de Políticas Públicas voltadas para nossa região e que sejam efetivamente implementadas e fiscalizadas seriamente; não podemos mais consentir os péssimos serviços que empresas já fizeram ou tentaram iniciar nas rodovias e paralisaram ou nos roubaram; temos que ter empresas sérias que façam seus serviços bem feitos e com garantia, e não essas \”capinhas de asfalto\” que comumente vemos em alguns trechos das rodovias e em nossa cidade. Falta fiscalização e respeito a sociedade.

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