Chefe de gabinete é presa acusada de mandar matar vereador em Niterói
Mariana Soares Queiroz da Silva, chefe de gabinete do vereador de Niterói Carlos Macedo, foi presa na manhã desta terça-feira durante operação da 78ª DP (Fonseca) para localizar os acusados de matar o vereador eleito Lúcio Diniz Araújo Martelo, de 44 anos, conhecido como Lúcio do Nevada (PRP), no ano passado. Ela é acusada de ser a mandante do crime.
Na ação que visa a cumprir mandados de prisão temporários e de busca e apreensão em vários endereços, também foram presos o sargento da Polícia Militar Jair de Souza Neto, lotado no 12º BPM (Niterói), e Renato de Souza Valente, acusados de serem os executores do assassinato. A polícia prendeu ainda, em flagrante, José Carlos Alves Júnior, que estava em uma casa em Magé – alvo de busca e apreensão. Ele portava uma arma e uma carteira falsa da Polícia Civil. Durante a operação, foram apreendidos um cofre, um revólver calibre 38, três pistolas, dez celulares, um rádio transmissor e munições.
A polícia divulgou o retrato do foragido Marco Antônio Titoneli Barbosa, e informou que continua as buscas ao criminoso. A operação está sendo realizada em Niterói, São Gonçalo, Magé, Iguaba Grande e Maricá. Segundo o delegado Paulo Fonseca, o vereador Carlos Macedo, que assumiu a cadeira de Lúcio na câmara como suplente, está sendo investigado.
O crime ocorreu no dia 25 de outubro do ano passado. Lúcio foi executado a tiros na porta de casa no bairro de Santa Bárbara. Ele chegou a ser levado em estado grave para o Hospital Azevedo Lima, no Fonseca, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com informações de amigos, Lúcio do Nevada — nome adotado em homenagem ao seu time de futebol amador, o Nevada FC — foi baleado quando saía da casa de seus pais e iria para um comício. Segundo a polícia, dois homens em um Palio chumbo encostaram o carro e fizeram os disparos. Lucio chegou a tentar fugir, mas não conseguiu. Um assessor do vereador eleito, que estava com ele mas não foi atingido, levou-o para o hospital. O carro de Lúcio, um Toyota Hilux foi atingido por seis tiros na altura do para-brisa.
O Fiat Palio placa HJG-2076, de Belo Horizonte, usado pelos assassinos pertencia à Localiza, uma empresa de aluguel de veículos. Depois do crime, os assassinos abandonaram o carro na RJ-104 e fugiram. Eles, no entanto, deixaram suas digitais no veículo.
Fonte: O Globo