Eu sou um cara legal e moro na Borges leal (…) ela começa no Mapiri e termina na Vila Arigó (Paxá)
Quando vejo nas ruas aquele batalhão de gente de azul, retirando os entulhos, limpando as sarjetas, retirando matos e os caminhões, levando todo o lixo. Lembro-me da expressão do meu colega professor Donaldo Pedroso: “estou achando vantagem”, mas a minha primeira observação é a de que seria melhor, se a metade daquela turma não ficasse parada olhando os outros trabalharem.
A segunda seria quanto às prioridades dadas às operações emergenciais, como no recente caso da Av. Borges Leal. Começaram a tapar as crateras, os “canyons” deixados pelo governo anterior que não teve tempo de fazer esse serviço, em oito anos, mas o serviço não está sendo feito em toda a sua extensão.
E a terceira é de que se deveria aproveitar o ensejo. O “Big T” (lembram deste bloco carnavalesco de salão, nos anos oitenta?), e fazer logo, “o rapa”, ou seja, retirar das calçadas esse material de pesca, de caça, madeiras, tijolos, pedra, terra, caixa d’água, placas nas calçadas, nas ruas e nos canteiros, faixas, quiosque de venda de motos, de arroz, de lanchas e de lanches.
A feira de venda de carros que está chegando ao Parque da Cidade na Silva Jardim e à frente do conjunto da COHAB, depois que saíram da área do Colosso do Tapajós. Retirada de mesas de bares, de restaurantes, de churrasqueiras em tijolos construídas na área do pedestre. Isso tudo é contra o Código de Postura do Município e enfeiam a nossa Santarém. Não adianta esperar para nova operação, pode ser tarde e chegar nova eleição.
Mas me parece que estão cometendo os mesmos erros dos administradores anteriores, só uma parte das ruas que merecem essa atenção, no caso presente, à Av. Borges Leal, trabalharam no perímetro compreendido entre a Travessa Barão do Rio Branco até a Avenida Magalhães Barata, antiga Rodagem. E o resto da longa avenida? Não será beneficiada? Ou seja, o mesmo que ocorreu, com a Presidente Vargas, Marechal Rondon, Trav. Turiano Meira, Mendonça Furtado, Rua do Imperador, onde foram feitas apenas partes, pulando outras e ficaram inacabadas. Será discriminação? , ou é uma nova técnica de ilusionismo político?.
Daí porque peguei emprestado os versos do nosso saudoso sambista e carnavalesco, do Bloco Breguelhegue, o popular e querido PAXÁ, que residia na Av. Borges Leal, e se dizia, (e o era) um cara legal!. Então, que não fique apenas nesse pedaço da Av. Borges Leal, onde trabalharam na semana anterior. Esta que era a extensão na década de cinquenta do século passado. Ela cresceu como, cresceu a cidade e a avenida “começa no Mapiri e termina na Vila Arigó”.
Podem me dizer que trinta dias é pouco para se mostrar serviço. Mas já é suficiente quando se tem um batalhão de gente na rua. Retire esses que ficam olhando e redistribua para outros bairros como, por exemplo, no Diamantino, no Conjunto da Cohab. Este, Coitado! Houve até um infeliz Prefeito que disse que a Cohab não pertencia a zona urbana de Santarém. Embora não tenha deixado de enviar o IPTU, para os seus moradores, e não ter recusado o pagamento destes, e nem os seus votos.
Talvez essa “pexa” tenha pegado, pois, há mais de dezesseis anos a COHAB foi excluída pelos governos municipais e continua pelo atual, nestes trinta dias. Embora ali já tenha residido, ex-Prefeito, ex-secretários, ex-presidente da Câmara Municipal de Santarém e outras pessoas de menor ou maior influência na administração municipal de Santarém. Para confirmar o descaso, basta olhar a frente do conjunto.
Há! O caro leitor sabe qual é a entrada, a frente do conjunto? Não sabe? É pela Curuá Una. Justamente, onde está aquela “esculhambação” que apelidam de feira. Por sinal, amigo leitor, qual a Secretaria que cuida disso? Não se vê, ainda, a presença. Como, também, não se vê a presença daquela Secretaria que deve pelo menos mandar jogar “salsar” na fossa do Mercadão 2000 para diminuir aquele mal odor, o fedor, a catinga que ali impera, logo aonde se vende alimentos. É bacana!
Em trinta dias já deu tempo para fazer isso pelo menos. Ou ainda estão arrumando a casa? Trinta dias dá para se arrumar até um Casarão, destes históricos do centro da cidade que estão sendo derrubados, nos finais de semana, também deve ter uma Secretaria para isso, ou não?
Como “ainda resta um pouco de esperança” e estamos a uma semana da quadra carnavalesca, vou concluir com um outro verso do mesmo samba do saudoso “Paxá”: (…) a vida não é como a gente quer/ levaram até o nosso aeroporto para a Maria José”.
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HOJE TEM SERESTA DANÇANTE NA MELHOR CASA DA SAUDADE, NO FLUMINENSE, COM A BANDA RAÍZES DA TERRA, A PARTIR DAS VINTE E TRÊS HORAS. IMPERDÍVEL.
me sinto lisonjeado com a sua menção dos versos de um sambinha do meu saudoso pai, torcedor do américa, componente do Afina flor do samba.
Fico muito grata e feliz em saber que meu meu querido sogro Juvenal Bandeira (Paxá)é sempre lembrado com carinho pelos amigos santarenos.Embora hoje ausênte de nossa querida Santarém,nunca esquecerei do grande saudoso sogro/amigo que ele foi.Sua marca ficou registrada através de sua alegria que contagiava a todos.Realmente esses versos me trouxeram grandes lembranças do grande carnavalesco que ele foi.Saudades do meu sogro querido!