Justiça determina prazo para retirada de barracas da Praça Tiradentes

A Comarca de Santarém determinou até o dia 30 deste mês o prazo para que os barraqueiros da Praça Tiradentes, localizada próxima ao principal porto de embarque e desembarque de passageiros do Município, deixem o local. Proprietários de barracas, em abril deste ano já haviam por meio de recursos na Justiça local, conseguido permanecer por mais dois meses na Praça Tiradentes.

Problemas apontados por moradores do bairro da Aldeia, como vandalismo e consumo de bebidas alcoólicas por freqüentadores da Praça Tiradentes, foi a justificativa para que a Justiça determinasse a saída dos barraqueiros daquele local. A Prefeitura de Santarém foi notificada e já comunicou os donos de barracas daquele local, o prazo para que desocupem o espaço.

Quem chega à Praça Tiradentes percebe o abandono logo de cara. O local, que já foi um dos espaços de lazer mais freqüentados de Santarém, está tomado pelo lixo. Sinais de vandalismo, como brinquedos quebrados, espaços pichados, odor de urina, também estão presentes. Pessoas dormindo na praça e muita sujeira são também problemas encontrados no local. Moradores do bairro da Aldeia afirmam que as barracas acabam atraindo bêbados e vândalos.

Mesmo com o prazo determinado pela Justiça estando próximo de espirar, até o momento o poder público municipal não se posicionou quanto à proposta de um novo local para os trabalhadores.

A briga entre a Associação de Moradores do Bairro Aldeia e donos de barracas que ficam na praça já dura sete anos e parece que até o fim deste mês terá um fim. A determinação judicial foi clara e quer a retirada de todos que tem barracas naquele local. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) trabalha para que a ação seja realizada da melhor maneira possível.

Após a saída dos barraqueiros o local será revitalizado e devolvido a população. A intenção é banir o problema da prostituição e tráficos de drogas que ocorrem no local.

Os donos de barraca dizem que o problema não é a presença deles no local, mas a falta de segurança e de infraestrutura da praça. “Se é para desocupar a praça, vamos desocupar, mas que tenha um local para a gente ir porque não podemos ficar sem trabalhar. O que estão alegando são coisas que não somos nós que fazemos, que é a venda de drogas, prostituição. Outra coisa que alegam também é que ficam mijando na praça. Isso aí dependia de um banheiro aqui, um boxe da Polícia para ficar 24 horas”, argumenta a vendedora Dora Costa.

Mais de 10 vendedores do local dependem desse trabalho. Eles participaram de uma reunião no mês de abril, com representantes da Prefeitura, os quais deram sugestões de espaços e aguardam um posicionamento. “Sugerimos um terreno aqui ao lado para que a Prefeitura pudesse ir lá com o dono do terreno. Só que disseram que não pode. A gente quer saber por que não pode?”, questiona a vendedora Francilene Fontenele.

Fonte: RG 15/O Impacto