O barulho da turba inquieta

De repente o silêncio vem beneficiar alguém.

No nosso caso específico, os movimentos nas ruas fizeram o governo da Dona Dilma reunir sua cúpula e não faltou o marqueteiro. Vejam só com um  problemão nacional, político, social, estrutural, tinha que ser ouvido um marqueteiro. Por quê?  Para lançar alguma campanha, para calar o povo. E saiu. Como o governo está acostumado a empurrar goela abaixo, muitos de seus caprichos políticos. Um a mais não fazia diferença. Só que o povo não está mais totalmente calado, apático, não adormecido em berço esplêndido. Acordou.

Até os prefeitos vaiaram-na por ocasião do encontro de 10/07/2013. Porque o descontentamento é geral, embora, tenha a turma do pára-choque, dos bombeiros que são aqueles que tentam apagar o incêndio provocado pelas suas aberrações e autoritarismo políticos.

Aí aproveitaram alguns acontecimentos paralelos, para desviar a atenção da população, deu sorte, a Dona Dilma. Primeiro foi a vitória da seleção brasileira de futebol, na Copa das Confederações. Já esqueceram. Os problemas nacionais são maiores. Dona Dilma não foi até o Maracanã, entregar o troféu aos brasileiros. Faltou coragem de enfrentar mais uma vaia, como a da abertura do evento. Mas os marqueteiros tinham que trabalhar. Era preciso encontrar algo que desviasse a atenção do povo que estava nas ruas, querendo segurança, saúde e educação.

 Pegaram os médicos para pagar o pato. Vão buscar médico de Cuba. Não, de Cuba não. De Portugal e da Espanha (lembram o que eles fizeram com os dentistas brasileiros, para exercer a profissão lá em Portugal? e o tratamento dispensado pela Espanha aos turistas brasileiros, além de serem os maiores importadores de escravas do sexo para a Europa?).  Então, a solução para educação. Aumenta o currículo para o médico trabalhar dois anos no SUS, depois de formado. Serve como especialização em saúde pública. Sim! Mas nem todos querem trabalhar na saúde pública, logo esta que é o grande trauma e do estresse dos médicos que colocam sua reputação e, até a vida, em risco.

Veja só! Os maiores quadros dos descasos médicos, ou falta de atendimento médico são mostrados nas capitais, nos grandes centros (embora a roubalheira seja em todo o País, com prestação de contas maquiadas). Agora imaginem em um Município como Terra Santa, Porto de Moz, por exemplo, aqui próximo de Santarém. Ou mesmo, o próprio Mojuí dos Campos e Belterra, (depois que pegou fogo o hospital deixado pelos norte americanos da Companhia Ford), ainda não conseguiram concluir e equipar o que está lá.

O paciente precisa sempre se deslocar para Santarém. O médico se torna, com todo o respeito, estivador, braçal, da medicina. No interior falta Raio-X, quase sempre os aparelhos estão quebrados, ressonância e ultrassonagrafia é coisa de televisão e de cinema. Falta maca, cadeira de rodas, leitos, medicamentos, vacina, até do pessoal da área de saúde como enfermeiros e agente de saúde. Falta iodo, esparadrapo, às vezes, água no prédio, roupa e alimentos para os doentes internados, luvas, toucas e sabão e álcool gel. Isso ocorre nas capitais, até a da República, onde a dona Dilma e o seu Padilha estão lá. Agora, imaginem para cá? É na Juquira! Ah! Mas o salário vai ser tentador. Mas quem vai querer sair de um centro mais adiantado, para servir de tema para o descaso, negligência e muitas vezes ser responsabilizados por óbitos, só por causa do salário, ao lado dele tem a satisfação pessoal e profissional.

Falou-se em tudo isso, mas não se falou nos equipamentos dos Hospitais. Fala-se em construções de novos prédios, para quê?! Para ficar como a Unidade 24 horas, daqui no meu abandonado bairro da Cohab, que foi inaugurada, já vai fazer aniversário e não funciona. Está fechada, pegando poeira. É melhor até que fique assim, para não humilhar o cidadão nas filas, desde a madrugada, alguns já dormem ali, sem condições de lhes dar um bom atendimento.

Mas, senhores, zelosos, representantes do povo, onde está a fiscalização? Vamos fiscalizar o melhor uso do dinheiro do povo. Uso com mais responsabilidade.

E o Senado começou a sepultar velhas aspirações do povo: corrupção, como crime hediondo, suplentes de Senador não pode mais ser parente e fica só um, acabou o foro privilegiado, a lei da palmada não passou e o plebiscito para desviar a atenção, também não passou. E vem mais por aí. Estou aguardando acabar com o fator previdenciário.

 Como se não bastasse, a sorte acompanha a Presidente. Espocou a questão do grampo (aquilo que o governo faz conosco, sempre). A espionagem, denunciada pelo ex-agente da Cia, dizendo que o governo Norte Americano, do OBAMA, estava fazendo aqui, no País, em todos os cidadãos. Um prato cheio. Abafaram os protestos nas ruas. Ficaram poucos. Alguns órgãos da Imprensa deixaram até de noticiar. Mas eles continuam ainda que menores. Porque muitas categorias já voltaram com suas reivindicações, em parte, atendidas. E o marqueteiro entrou em ação, fazendo propagando para chamar os médicos para o interior.

Mas se por lá as coisa estão esfriando, por aqui, não! Os movimentos dos mototaxistas que insistem em dizer clandestino. Como clandestino, se eles estão nas ruas, aos montes, e cada dia aumenta mais e vinte e quatro horas por dia? O atendimento no Hospital Municipal. A tal Estação da Cidadania, que não é tão cidadã assim. O povo ainda continua em fila nas ruas e não tem material, muitas vezes, para Identidade e Carteira Profissional, por exemplo. No novo governo municipal continua com as obras inacabadas, própria do governo anterior. Como a da Borges Leal já parou antes de chegar na Barão, e o resto? Ela vai até a vila Arigó. É. É lá mesmo! Onde está aquela esculhambação das carretas que saem dali daquele porto. Mas isso será para outro texto.

Foi o que ocorreu com o bairro do Santarenzinho, iniciaram e pararam, sem concluir. Como fizeram aqui no Conjunto da Cohab, também. Veio uma equipe da SEMINFRA deu umas “ciscadas” por algumas ruas e abandonaram-nas. Não concluíram. Uma coisa concreta eles fizeram, foi quebrar o muro da área da Associação e não consertaram, mesmo com reiterados pedidos para fazerem. E, até agora, nada!

Santarém, com a chuva que caiu na quarta-feira virou Petrópolis. Casas alagadas, destruídas, muitos prejuízos materiais, ruas viraram verdadeiros atoleiros, alagadas nos quatro cantos da Cidade. E quando o sol abre. Haja cal. Já estão até dizendo que este é o governo do Alexandre Cal.

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E para encerrar, os fiscais da SEMINFRA saíram do centro comercial e alguns empresários de tabuleiros, já começaram a empurrar os seus tabuleiros para a área dos pedestres. Vamos fazer respeitar o Código de Postura do Município

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NESTA SEXTA-FEIRA O MELHOR DA SAUDADE CONTINUA SENDO NO FLUMINENSE, O TRICOLOR DA PRESIDENTE VARGAS, A PARTIR DAS VINTE E TRÊS HORAS, COM O TOQUE MUSICAL DA BANDA STILLUS, COM CAETANO, DELSON E A CANTORA DIANE FREIRE. IMPERDÍVEL.

Um comentário em “O barulho da turba inquieta

  • 17 de julho de 2013 em 15:59
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    APROVEITANDO A ONDA DOS PROTESTO BEM QUE O POVO QUE GOSTA DO FLUMINENSE EM SANTARÉM DEVERIA FAZER UM GRANDE PROTESTO CONTRA UMA CERTA FAMILIA QUE SE PERPETUO NO PODER DO CLUBE ACHANDO QUE ESTE CLUBE FAZ PARTE DO SEU PATRIMONIO.

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