Estudantes denunciam falta de alimentação na Casa Familiar

Estudantes que vem do interior para estudar na Casa Familiar Rural de Santarém denunciam a falta de alimentação, para que possam permanecer na cidade até o final de seus cursos. Eles dizem ainda que faltam professores remunerados pelo governo do Pará, porém, a preocupação maior fica pela ausência de alimentação.

O modelo pedagógico da Casa Familiar Rural tem como objetivo a educação, formação e profissionalização condicionada à realidade do campo. Para isso, os estudantes seguem a metodologia da alternância em um período na sala de aula e outro na roça da família.

Essa educação oferece ao jovem da zona rural adequação para se desenvolver como empreendedor rural, melhorar a qualidade de vida da família e dos produtores da comunidade.

Naturalmente o currículo deve ser específico sobre a vida de trabalhador rural. Daí é preciso ter um ou mais professores técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos e outros.

Hoje, nos município de Santarém e Belterra o funcionamento das Casas está na base do voluntariado de professores e da boa vontade dos estudantes.

Preocupados com a situação, a turma do curso de Licenciatura em Educação do Campo, do IFPA, depois de realizarem um trabalho de estágio em algumas Casas, decidiu fazer um projeto que visa a arrecadação de alimentos para suprir tal necessidade.

A Casa Familiar serve de oportunidade para que o jovem estude sem a necessidade de se mudar para a cidade, porém, há carência de uma estrutura digna, cuja responsabilidade é do governo do Estado.

O estudante do curso de licenciatura em educação do campo, do IFPA, Célio Malcher, aproveita a oportunidade para fazer um apelo às pessoas de boa vontade a colaborar com projeto.

Hoje, as Casas Familiares estão funcionando com apoio de pessoas voluntárias que entendem a necessidade do jovem permanecer na comunidade após o período de formação. O Estado seria o responsável em manter as Casas funcionando, porém esse apoio não tem sido satisfatório.

Fonte: RG 15/O Impacto