Mantega nega previsão de alta nos combustíveis
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou ontem que haja previsão de aumento dos combustíveis vendidos pela Petrobras. Segundo ele, não há alta prevista e a inflação está sob controle.
“A dona de casa pode ficar tranquila que [a inflação] está sob controle. Não permitiremos que haja grandes repasses [de preços] ou que haja contágio da questão cambial na inflação. Não é certo que a Petrobras tenha aumento. Não sei quem falou isso, não há decisão nenhuma a esse respeito, portanto, não há aumento previsto”, disse o ministro, após encontro com líderes empresariais.
Quanto ao preço do dólar, Mantega ressaltou que, diferentemente do que ocorreu no ano passado, quando o governo tomou medidas para elevar o valor da moeda estrangeira, no momento, o mercado é que está sendo responsável pela desvalorização do real.
No entanto, destacou Mantega, caso o momento de alta do dólar perdure por muito tempo, o governo poderá agir nas tarifas de importação. “Temos de ver primeiro a duração [da alta do dólar]. Pode durar um tempo curto e acabar. Se durar um tempo mais longo, veremos o que tem de ser feito. Por exemplo, redução de tarifa de importação de produtos, de modo a contrabalançar a elevação. Isso será feito”, afirmou.
Minicrise
Mantega disse ainda que a flutuação da cotação do dólar deverá continuar a reboque, principalmente, das decisões do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano. “Cabe a ele fazer os movimentos que vão acalmar o mercado, desde que foi ele que causou a turbulência. Acredito que, quando começarem a retirar de fato os estímulos, e eles estiverem quantificados, aí o mercado se acalma”, disse.
O ministro se referiu a intenção do Fed de reduzir estímulos monetários na economia, caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.
Mantega ressaltou que o Brasil está preparado para enfrentar a instabilidade da moeda americana na atual conjuntura internacional, que o ministro chamou de minicrise.
Fonte: Agência Brasil