Informe RC
NA TERRA DO SEM JEITO- I
No depoimento prestado por Marcos Valério, em setembro de 2012, ao ex-procurador geral da República, com intenção de reduzir “delação premiada” sua pena no processo do mensalão “40 anos de prisão”, disse do custo do maior escândalo de desvios de recursos públicos da história do país nos 2 primeiros anos “2003 e 2004” do ex-presidente Lula, ter alcançado 350 milhões de reais. Para a companheira Dilma, tem sido mais fácil combater a inflação, dizendo estar tudo nos trinques, quando não está, e se desvencilhar das bisbilhotagens dos Estados Unidos, do que acabar com a corrupção no governo e punir os responsáveis, todos em liberdade “eterna” gozando o produto do furto. Nos 33 meses de governo, 6 ou 7 ministros foram exonerados “a pedido” envolvidos em corrupção. Contra mais de 10, num ministério de 39, pesam as mesmas acusações. Não são afastados para não implodir o partido oficial e outros da base aliada, evitando danos à sua reeleição “2014”, continuam, segundo a mídia, cometendo furtos. Semana passada, a Polícia Federal descobriu desvios no Ministério do Trabalho, com dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador “FAT”, de quase 500 milhões.
NA TERRA DO SEM JEITO- II
Na Fundação Banco do Brasil, vinculada ao Ministério da Fazenda, um companheiro, nomeado presidente da instituição, pintou o 7 com o alheio, repassando acima de 200 milhões a ONGs ligadas ao PT e a familiares de seus dirigentes. Legal, né? No Ministério da Saúde, o programa dominical Fantástico mostrou o desperdício com dinheiro do SUS: hospitais retirando útero e fazendo cesariana em homem, extirpando próstata de mulher e internação de pessoas mortas, há anos, submetidas a cirurgias e partos. O Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União calculam que dos 11 bilhões de reais pagos pelo SUS em 2012, 30% serem indevidos e do dinheiro ter tomado o caminho do ralo. O bom é tudo acabar em pizza, como de costume, por envolver pessoas vips de alto pedigree (o que não são), acima de qualquer suspeita. Para uma presidente, que na juventude, quando na ditadura militar (1964 a 1985), foi presa e torturada por sonhar em mudar o Brasil, hoje, na prática, depois de muitos anos, o resultado dos sonhos que lhe causaram sofrimentos no corpo e na alma são frustrantes e aos quase 200 milhões de brasileiros, também.
A BARRIGA FALA MAIS ALTO
Às proximidades de eleições, entidades representativas da sociedade pregam dos eleitores da região votarem nos candidatos a cargos legislativos (deputados estaduais e federais) da área para manter uma representação política forte, independente de partidos, ou seja, barrar a entrada de estranhos alheios aos nossos problemas, que por sinal são os mesmos de outros recantos do Pará. Essas recomendações nunca foram ouvidas, não pelos eleitores e sim pelo interesse de políticos locais, alguns ligados a essas entidades, ávidos em faturar, responsáveis pela existência dos famosos paraquedistas que recebem os votos sem compromisso, e tchau. O problema não é conscientizar o eleitor, e sim os políticos a não procederem assim. Infelizmente a barriga fala mais alto.
ENTRE DEUS E O DIABO
Preso desde maio, na quinta 12, a 2ª Vara Criminal de São João de Miriti, no estado do Rio de Janeiro, condenou o “polêmico” pastor Marcos Pereira, proprietário da evangélica Assembléia de Deus dos Últimos Dias, a 15 anos de prisão, por estuprar “ovelhas”, formação de quadrilha, tráfico de drogas e por suas ligações com traficantes, aos quais servia como pombo correio. O líder “evangélico”, justiçado pela lei dos homens, afirma que pelas de Deus seus caluniadores já estão perdoados. Marcos tinha como testemunha de suas “obras sociais”, em benefício da pobreza nos morros cariocas, o seu xará da Catedral do Avivamento, deputado Marcos Feliciano “PSC”, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, que em julho esteve em Santarém, mandando prender 3 jovens estudantes, atendendo convite do “irmão de fé”, seu colega na Câmara, Zequinha Marinho.
PRODUTO DO MEIO
Para justificar a onda de assaltos que assola o País, muitos cultores do direito afirmam da impunidade e da corrupção, divulgados pela mídia (TVs, jornais, internet), contribuírem para o aumento da marginalidade. Em Belém, numa avenida movimentada, um homem, com revólver de plástico recheado de cimento, assaltou uma madame, levando aparelho celular, relógio, 500 reais e outros objetos. Preso depois de intensa perseguição por uma guarnição militar, levado ao distrito policial, inquirido pela delegada do mal feito, declarou: não arranhei um dedo nela, sou dependente de drogas, preciso alimentar meu vício. Não sou santo, sou um ser humano, fruto de um País corrupto. As afirmativas do assaltante batem com a realidade. Quem vê aprende.
CASO QUASE IGUAL
De quando em vez a Justiça, atendendo solicitação do Ministério Público Estadual ou Federal, um Juiz manda Prefeitura colocar água, luz e fazer obras de saneamento em áreas periféricas para, segundo o magistrado, os moradores ganharem um pouco de dignidade. O caso acima, recentemente, ocorreu na cidade de São Paulo. O distrito do Mosqueiro está pra Belém assim como a Vila de Alter do Chão pra Santarém. Semana passada, a Justiça Federal, através do Juiz Federal da 9ª Vara, determinou de em 6 meses o prefeito Zenaldo Coutinho e o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgotos, recuperarem a rede sanitária e o sistema de drenagem, para evitar poluição das praias e lagos da ilha, um dos principais balneários do Pará, juntamente com uma série de melhorias, fixando pagamento de 5 mil reais/dia em caso de descumprimento da sentença. As reclamações vindas de muitos anos dos habitantes de Mosqueiro são as mesmas dos moradores da antiga aldeia dos Borarís, que ainda não foram ouvidas.
ALÔ PREFEITO!
Existem funcionários públicos municipais, maioria efetivos, reclamando de estarem sendo “educadamente” obrigados a trabalhar além do horário estipulado por lei, residindo em locais afastados a muitos quilômetros do trabalho, sem perceberem horas extras e vales transporte e refeição, que vem ou vão de motopé ou apanham dois transportes. Em alguns setores recebem marmitex, mas o conteúdo de péssima qualidade, bem pouco digerido, a não ser com muita fome. A verdade é de viverem temerosos com medo de serem dispensados pelos chefes de ocasião, ou removidos como se não tivessem famílias. Por isso não reclamam e nem pedem reajustes salariais, que há muitos anos não dão sinal de vida em seus contracheques. O prefeito Alexandre Wanghon, que não deve comungar desse tratamento dado aos servidores, devia apurar essa choradeira verdadeira.
O DESRESPEITO CONTINUA
O direito de ir e vir e a mobilidade urbana continuam a serem desrespeitados. O prefeito Alexandre Wanghon devia autorizar o setor competente não deixar a cidade se transformar em casa da mãe Joana. Firmas de engenharia, donas de construções espalhadas na área urbana, continuam a interditar durante o dia, para aplicação de concreto, trechos de ruas movimentadas com a colocação de cavaletes (com a logomarca do SMT) impedindo o trânsito de veículos. Nada contra construtores e construções, mas a Secretaria de Mobilidade e Transito, responsável pelo desrespeito ao Código de Postura do Município, devia determinar horário, como fazem em outras cidades menores que Santarém, destinado a esse tipo de serviço, motivos no momento de muitas reclamações.
BOM COMEÇO
As constantes disputas de “pegas” entre carrões de filhinhos de papis, turbinados com aparelhagem de som na bagageira perturbando o sossego público, alguns menores de idade, sexo dentro de veículos, venda de drogas, pequenos ou grandes furtos em casas comercias e de famílias que ficam no ora veja, estão com os dias contados para terem fim. Embora o número ainda não seja ideal para uma cidade do porte de Santarém, é um bom começo. A Secretaria de Segurança Pública do Estado, por meio do Núcleo Integrado de Operações Policiais (NIOP) está instalando 20 câmeras de monitoramento em partes estratégicas, registrando imagens e a movimentação nas ruas. Não vai acabar com as traquinagens da bandidagem, mas inibe e diminui os crimes, a partir do término deste mês.
SE VIRA COMO PODE
A prefeita de Belterra tem feito o que pode se apegando às direções partidárias dos partidos aliados, para impedir a instalação da CPI criada pela Câmara com objetivo determinado, “mas pode ir longe” de: apurar irregularidades, apropriação indébitas de valores destinados à Previdência Social, funcionários fantasmas e o porquê de não pagar em dia o salário dos professores. Cada qual se esperneia da maneira que lhe convém, é o que faz a gestora, principalmente quando o assalto ao próprio prédio da Prefeitura, que levaram um netbook, pastas com documentos e 400 reais do vigilante, por ladrões bem vestidos, de luvas, mascarados e falantes, não foi esclarecido, ainda em “apuração” pela Polícia Civil. O comentário generalizado na antiga Vila das Seringueiras, hoje sede do Município, é da gestora saber toda a estória desta armação que só o delegado ainda não descobriu.
PRÊMIO OU PUNIÇÃO?
Não tenho lembrança de algum dia ter lido ou tomado conhecimento de alguém torturador ou matador de animais, como cachorros, tenha recebido condenação e conduzido à prisão. Vamos ao que interessa: o prefeito de Santa Cruz do Arari, acusado inicialmente em julho quando do acontecido, inclusive afastado do cargo pela Justiça de ser responsável pelo canicídio de 150 animais entre 300 jogados num rio (comprovado em vídeo) passou a responsabilidade da matança a um irmão, secretario de Transporte que afirmou no processo movido pelo Ministério Público do Estado, ser o idealizador da crueldade contra os animais. Recente, um Promotor encarregado de apurar o acontecido, declarou estar elaborando denúncia contra o Prefeito e o irmão que admitiu a autoria. Vale à pena aguardar o despacho do magistrado no processo. Pena de prestação de serviços comunitários não é castigo, para muitos culpados é premio.
NOTAS CURTAS
1ª- O vereador Gerlande Castro “PSD” vai monitorar durante as festividades do Sairé, se nas barracas das praias de Alter do Chão, seus eleitores não estão sendo explorados e os manipuladores de alimentos usam touca na cabeça. 2ª- Desvios de recursos públicos no Brasil, segundo historiadores, vêm desde a época de Dom Pedro I (1822 a 1831), mas de 11 anos pra cá o trem desencarrilhou, dinheiro virou fumaça. 3ª- Na Índia 4 pessoas foram condenadas à morte por enforcamento por estuprarem uma estudante dentro de um ônibus. Em Santarém, 3 menores que ajudaram outros 3 maiores a estuprar, matar e roubar um casal de namorados, estão mais livres do que passarinho, voando à procura de uma nova vítima. 4ª- Pelo seu poder de convencimento que o livrou da cassação de seu mandato no plenário da Câmara Federal, o ex-deputado Natan Donadon, condenado a 15 anos de prisão, residente na penitenciária da Papuda, cela 595, está sendo incentivado, quando passar ao regime semi aberto, a se tornar pastor ou fundar uma Igreja. Dá rios de dinheiro, pode ficar rico e não mais precisar mexer no alheio. 5ª- O inocente ministro da Casa Civil, Gilberto Carvalho, militante e fundador do PT, disse não acreditar do dinheiro usado no mensalão ter brotado de órgão público e sim fruto de caixa 2. Só não deu o nome da árvore.