Justiça condena vaqueiro que matou agricultor em Boa Esperança
Nas primeiras horas desta quarta-feira (13/11) o juiz Gerson Marra Gomes leu a sentença que condenou o vaqueiro Walason Gama Campos, de 31 anos, assassino confesso do lavrador Manoel Garcia (que tinha 57 anos à época do fato) à pena de 14 anos de reclusão em regime fechado. Como o réu está preso lhe foi negado o direito de recorrer da sentença em liberdade, até porque uma das testemunhas informou que vem sendo ameaçada de morte pelos parentes do réu. O juiz mandou investigar a denúncia e vai acionar a polícia, a pedido do MP.
Os jurados, com o voto da maioria, acataram a tese apresentada pelo promotor público Laércio Abreu e condenaram o réu pelo crime de Homicídio Qualificado ocorrido na comunidade de Boa Esperança, no KM 45 da Rodovia Santarém-Curuá-Una. O defensor público que atuou no caso, Fabiano Narciso, apresentou várias teses, mas nenhuma foi aceita pelos jurados. Ele anunciou que vai recorrer da sentença.
As testemunhas disseram que a vítima era pessoa benquista na comunidade e oferecia almoço para todos que o ajudavam a construir sua casa em mutirão. O réu era uma das pessoas que sempre ia lá, almoçava mas não lavava seu prato como os outros, o que irritava seu anfitrião. Foi chamado atenção pelo dono da casa várias vezes, e numa das última bateu boca e ofendeu o acusado.
No dia 01/12/2011, Walason se embebedou e comprou uma faca peixeira e falou para uma das testemunhas que ia “resolver o caso” naquele dia: entrou na casa da vítima e a esfaqueou quando esta saia do banheiro. Populares de Boa Esperança revoltados com o crime, agarraram o assassino e depois de agredi-lo o amarraram num poste e chamaram a polícia. O vaqueiro está preso desde a época do assassinato.
O Tribunal do Júri volta a se reunir na próxima terça-feira, 19/11, quando será julgado Gilmar de Sousa, acusado de tentar matar Joniclei Nunes Guimarães, em 2009.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/TJPA
