Vereadores trocam socos durante última sessão da Câmara de Marabá

Adelmo Azevedo (PTB) e Miguelito (PP)
Adelmo Azevedo (PTB) e Miguelito (PP)

Por volta de 13h30 desta terça-feira, 10, os dois voltaram a se estranhar quando Miguelito acusou Adelmo, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Marabá, de dar fim ao Projeto de Lei de autoria dele (Miguelito) que prevê o trabalho no comércio de Marabá aos domingos e feriados, caso haja acordo direto entre patrões e empregados, com pagamento dos direitos garantidos por lei.

Miguelito sugeriu à Mesa Diretora da Câmara que Adelmo seja punido pela Mesa Diretora porque pegou o projeto da Mesa da Presidente na última semana e desapareceu com ele. Miguelito disse que Adelmo estaria fazendo com a Câmara o que faz com seu sindicato, que seria “uma bagunça só”.

Adelmo disse que nunca usou a tribuna para se beneficiar e que o comerciário só pode trabalhar aos domingos e feriados se houver acordo com presença do sindicato da categoria.

Ele citou a Lei Federal de número 10.101, a qual seria clara ao afirmar que o Legislativo não tem competência de estabelecer lei municipal para abertura de comércio aos feriados, apenas aos domingos. “Essa mudança só pode acontecer se houver alteração na lei federal, no Congresso Nacional”.

Adelmo chegou a insinuar que Miguelito estava defendendo o Shopping porque deveria ter alguma loja particular naquele empreendimento.

Isso foi o estopim para que Miguelito se enfurecesse e partisse para cima de Adelmo ainda na tribuna. Ele “agogou” Adelmo pelo paletó e disse que iria provar que ele era bandido. Adelmo, por sua vez, usou o próprio microfone que usava como arma para se defender.

Alguns vereadores e dois agentes da Guarda Municipal, presentes à sessão, tiveram dificuldades para separar a briga, que durou cerca de um minuto.

A presidente da Câmara, Júlia Rosa, chegou a suspender a sessão por 20 minutos para uma reunião na Sala da Presidência, mas depois de cinco minutos houve consenso para retomar a sessão.

Antes que ela terminasse, Miguelito pediu a palavra e informou aos presentes que chamou Adelmo do Sindicato a parte e disse que pediu perdão a ele pessoalmente pelo ocorrido, e disse que precisava fazer o mesmo publicamente. “Gosto de brigar com palavras. Tentei ser violento. É uma coisa errada. Peço perdão a todas as pessoas que assistiram a essa fato lamentável”.

Enquanto conversava com Adelmo em uma sala reservada, Miguelito enxugava, com auxílio de papel higiênico, o sangue de um dedo da mão direita que ficou ferido durante a refrega na tribuna da Casa.

O projeto de Miguelito deverá ser apreciado pelo Plenário da Câmara em sessão extraordinária no dia 20 deste mês, juntamente com o Orçamento de 2014, da ordem de R$ 700 milhões.

Fonte: Blog do Zé Dudú e Paulo Costa

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