Câmara adia votação do caso Petrobras para depois do carnaval

O líder do PMDB, Eduardo Cunha (esq.) com o presidente da Câmara, Henrique Alves
O líder do PMDB, Eduardo Cunha (esq.) com o presidente da Câmara, Henrique Alves

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) encerrou nesta quarta-feira (26) a sessão que seria destinada a votar requerimento da oposição que cria uma comissão externa para investigar denúncias de propina na Petrobras. O requerimento não chegou a ser colocado em votação devido ao baixo quórum no plenário da Casa.

Para a votação ser iniciada, era necessário que ao menos 257 parlamentares tivessem marcado presença em plenário. No momento do encerramento, 255 deputados haviam registrado presença.

A votação foi remarcada para o próximo dia 11, terça-feira seguinte à semana do carnaval. O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o partido vai manter a posição de não votar qualquer outro projeto até que o requerimento seja analisado.

“O PMDB não vai mudar a sua posição e não votaremos nada até esse requerimento.  Foi uma decisão política que tomamos. Já sabíamos que o quórum seria baixo hoje, mas a posição não muda depois do carnaval”, afirmou.

Nesta terça (25), o requerimento assinado por PSDB e DEM começou a ser analisado pelos deputados, mas o PT obstruiu utilizando instrumentos previstos no regimento interno para postergar a votação.  Após duas horas de sessão, o presidente da Câmara decidiu adiar a análise do pedido oposicionista.

A iniciativa do peemedebista irritou integrantes do “blocão”, grupo formado por sete partidos da base aliada insatisfeitos com o governo federal.  Liderados pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), o novo bloco anunciou que não votará nada na Câmara até que seja aprovada a criação da comissão externa para investigar a Petrobras.

‘Blocão’
Comandado por Eduardo Cunha, o “blocão” é formado por sete partidos governistas – PMDB, PSC, PP, PROS, PDT, PTB e PR – e pelo oposicionista Solidariedade. As oito legendas juntas somam cerca de 240 deputados federais, equivalente a mais de um terço dos parlamentares da Câmara.

No primeiro dia de atuação em plenário, a poder do novo bloco gerou ironias por parte dos parlamentares. Deputados integrantes do grupo brincavam que o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), passou a ser “líder da minoria”. Já Eduardo Cunha era chamado ironicamente por parlamentares do PSDB e do DEM de “líder da oposição”.

A decisão de criar um bloco para pressionar o governo da presidente Dilma Rousseff surgiu das insatisfação dos deputados com as supostas quebras de acordo na liberação de emendas parlamentares de 2013 e com o fato de o Planalto ter trancado a pauta da Câmara ao carimbar projetos de seu interesse com o regime de urgência constitucional.

Fonte: G1

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