Estudo aponta que Pará melhora no ranking da violência

Estado do Pará melhorou a sua posição no ranking dos homicídios
Estado do Pará melhorou a sua posição no ranking dos homicídios

A Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) divulgou, no dia 27 de junho de 2014, a prévia do “Mapa da Violência 2014 – Os jovens do Brasil”, documento que possibilita delinear uma primeira visão sintética, como forma de adiantamento, do estudo que está sendo finalizado:Waiselfisz, J.J. Mapa da Violência 2014. OsJovens do Brasil. Flacso, 2014 retrato da situação e evolução da mortalidade violenta no país de 1980 a 2012.

Segundo esses estudos preliminares, houve o aumento de 7,9% nos homicídios em todo o Brasil. O Estado do Pará melhorou a sua posição no ranking dos homicídios (taxa por 100 mil habitantes) do “Mapa da Violência”, saindo da 3ª posição em 2010 (taxa de 47,5) e passando para a 7ª posição em 2012 (taxa de 41,7).

Conforme tabela de nº4 do referido estudo, o Estado do Pará, depois de 10 anos de crescimento constante nas taxas de homicídios (partindo da taxa de 15,1 homicídios por cada 100 mil habitantes, em 2001, e chegando até 47,5, em 2010), conseguiu reduzir pela primeira vez os índices, em 2011, quando as taxas ficaram em 40,0 homicídios por cada 100 mil habitantes, o que representou uma redução de -15,78% na variação 2010/2011. As maiores taxas foram registradas de 2007 (30,4) a 2010 (47,5).

Em 2010, segundo o “Mapa da Violência”, o Pará, na 3ª posição, ficava atrás dos Estados de Alagoas e Ceará. Em 2012, já na 7ª posição, ficou depois de Alagoas, Espírito Santo, Ceará, Goiás, Bahia e Sergipe.

A base da pesquisa foram os dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde (MS). As causas das mortes são registradas pelo SIM seguindo os capítulos da Classificação Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir de 1996, o Ministério da Saúde adotou a décima revisão do CID, que continua vigente até os dias de hoje (CID-10). A metodologia adotada no trabalho foi centrada nas chamadas causas externasde mortalidade que, de acordo com a última classificação da OMS, abrangem as seguintes categorias: acidentes de transporte, outras causas externas de traumatismos acidentais, lesões auto provocadas intencionalmente (suicídios), agressões intencionais (homicídios), outras causas externas.

A metodologia do “Mapa da Violência”, quando se refere a homicídios, engloba os homicídios dolosos, os latrocínios e as lesões corporais seguidas de morte. Esta metodologia difere da metodologia adotada no âmbito da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e de todas as secretarias de Segurança Pública do Brasil, que não adotam as informações do Ministério da Saúde, pois o acompanhamento sistemático é feito de forma separada, sendo os crimes classificados como mortes violentas, onde se acompanha, separadamente, o homicídio doloso, o latrocínio e a lesão corporal seguida de morte. Outro ponto também é que o SIM não distingue o homicídio culposo do homicídio doloso, ao contrário da metodologia da SENASP.

Nos óbitos decorrentes de acidentes de transporte, no estudo preliminar do “Mapa da Violência”, o Pará ficou, em 2012, na 19ª posição, com a taxa de 21,5 (por 100 mil habitantes). No suicídio, o Estado aparece na 25ª posição, coma taxa de 3,1 (por 100 mil habitantes).

Fonte: RG 15/O Impacto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *