Empresário denuncia descaso da empresa OI

O empresário do ramo hoteleiro e presidente da Associação dos Empreendedores de Turismo de Alter do Chão (AETA), José Carlos Zampietro, em entrevista à nossa reportagem, denuncia o descaso da empresa de telefonia Oi-Telemar, na vila balneária, conhecida mudialmente como o “Caribe Brasileiro”, distante 37 quilômetros da sede do município de Santarém, no Oeste do Pará.

Há 19 dias sem os serviços de telefonia fixa prestados pela OI-Telemar, os empresários do ramo hoteleiro afirmam que estão amargando inúmeros prejuízos em Alter do Chão.

De acordo com José Carlos Zampietro, a população e os empresários de Alter do chão já estão na terceira semana sem qualquer serviço de telefonia na vila balneária. “A gente quer saber o que está acontecendo? Porque já procuramos a empresa e até fomos recebidos por alguns diretores, mas até agora nada foi resolvido!”, afirmou Zampietro.

Enquanto isso, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) que deverei tomar as devidas providências, ainda não o fez.

“Já estamos passando por um período crítico em relação ao turismo por estarmos na baixa estação, mas isso todo ano a gente sabe e, cada um se prepara como pode. Ficar sem telefonia é complicado, porque nós dependemos de reserva, que acontecem por telefonemas de várias partes do Brasil e de pessoas aqui da região”, diz José Carlos Zampietro.

Segundo ele, está sendo comum os empresários do ramo hoteleiro receberem comunicados de outra forma, de pessoas perguntando se os hotéis estão fechados em Alter do Chão, por conta de ninguém atender mais os telefones. “Aí não temos o que dizer. Já há algum tempo a gente está tendo esse tipo de problema e vem fazendo tratativa com a empresa, mas não passa de conversa. Eles dizem que vão tomar atitude, mas até agora nada aconteceu e, estamos sendo muito prejudicados”, afirma Zampietro.

Ele explica que o que sabe até agora é, que a empresa trocou a central de Alter do Chão por uma moderna. Porém, a nova central não funciona de forma normal com os cabos que já estavam sendo usados há pelo menos 30 anos, onde o sinal não existe.

“A empresa deve fazer um investimento em relação a isso. A realidade é essa: temos uma central moderna, mas que não funciona, porque os cabos são antigos”, reafirma José Carlos Zampietro.

PROBLEMÁTICA: José Carlos Zampietro analisa que o problema da falta de telefonia fixa de qualidade se arrasta pelos hotéis, pousados e até mesmo a pequenos empreendedores. “O turismo congrega não só os hotéis, mas até a vendedora de tacacá e picolé. Temos a intenção de ajudar Alter do Chão a oferecer um turismo decente e, que recebe bem e preste bons serviços. Agora, como poderemos prestar bons serviços se não temos como trabalhar por causa da má qualidade na telefonia fixa?”, questiona.

FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA: Outro problema apontado por Zampietro é em relação a má qualidade na distribuição de energia elétrica em Alter do Chão. Segundo ele, são constantes as interrupções no fornecimento de energia, onde a vila balneária por diversas vezes neste ano, já chegou a ficar 12 horas sem energia.

“Está com 19 dias que o diretor comercial da Celpa foi em Alter do Chão. Ele contou um monte de estória e disse que há um investimento muito grande a ser feito na vila balneária. Há muitos problemas na rede, como os cabos antigos e árvores que crescem e caem sobre a fiação, o que precisa de uma manutenção com urgência”, assinala.

INTERNET: Os problemas ocasionados na rede de internet também preocupam Zampietro. De acordo com ele, são freqüentes as falhas nos serviços de internet oferecidos pelas empresas responsáveis em Alter do chão. “Isso é um descaso com a região. E nos últimos meses ouvimos só promessa. Quem fica com os prejuízos somos nós que oferecemos empregos e, que trazemos os turistas pra cá”, argumenta o empresário.

RODOVIA EVERALDO MARTINS ESTÁ SEM CONSERVAÇÃO: Um fato também que José Carlos Zampietro denuncia é o péssimo estado em que se encontra a Rodovia Everaldo Martins, que lifa a sede do município de Santarém até a vila de Alter do Chão. “A Rodovia não tem acostamento e todo motorista tem que estacionar em cima do asfalto, o que deixa o perigo à mostra. Isso é lamentável e mostra o descaso do Estado com nossa região. Os vários acidentes que acontecem na Rodovia, inclusive com vítimas fatais, são oriundos da falta de acostamento de sinalizações precárias. O governo só olha para a Rodovia de Alter do Chão na época do Sairé e do carnaval”, declarou Zampietro.

Por: Manoel Cardoso