Denúncia – Galerias da avenida Tapajós viram depósito de lixo

Acúmulo de lixo nas galerias está atraindo urubus e exalando fedor no local
Acúmulo de lixo nas galerias está atraindo urubus e exalando fedor no local

Comerciantes e moradores das margens da Avenida Tapajós, localizada na orla de Santarém, Oeste do Pará, denunciam a falta de limpeza e de coleta de lixo por parte da empresa responsável pelo serviço na área urbana da cidade. Depois da enchente deste ano, culminado com o início do período seco (verão amazônico), os moradores e trabalhadores esperam que o poder público realize uma limpeza geral nos canteiros e galerias que ficaram submersos por muito tempo.

Quem trafega no perímetro da Avenida Tapajós, entre a Praça da Matriz e o antigo tablado, se depara com a grande quantidade de lixo nas galerias. Os comerciantes que trabalham nos mercados Modelo e Municipal cobram, também, a limpeza das calçadas. Toneladas de lixo estão por todos os lados, causando impactos ambientais irreversíveis à orla fluvial, que há anos sofre com a depredação humana.

O amontoado de sujeira provoca o acúmulo de água, que em alguns trechos invade o leito da rua e causa transtornos para todos. Para profissionais que utilizam a orla para a prática de exercícios físicos, se houvesse consciência por parte de comerciantes e moradores, além do compromisso do Poder Público em tornar eficaz a coleta de lixo certamente que os danos não seriam tão impactantes neste período de alta temporada.

O comerciante Ribamar Portela, locado no Mercado Municipal, reclama pela segunda vez da situação das galerias que estão cheias de entulhos. “Nós estamos esperando que seja realizada uma limpeza nas galerias porque quase todas estão entupidas, o secretário de Infraestrutura, Edilson Pimentel, tem que mandar fazer a limpeza para melhorar a situação do comércio”, reivindica o empresário.

Já os comerciantes do Mercado Modelo exigem a limpeza da Travessa Senador Lemos, onde inúmeros urubus são atraídos pelo odor dos dejetos.

LIXO, LAMA E MATO: Percorrendo as praias em frente a cidade é possível notar a grande quantidade de lixo por todos os lados. Os locais que antes serviam de porto para pequenas embarcações, hoje estão tomados por lama e mato. A vegetação rasteira predomina e decora as carcaças de embarcações abandonadas na areia. A paisagem natural sofreu sérias mutações e pequenos lagos de lodo se proliferam por toda parte.

O mau cheiro que exala desses ambientes também é insuportável e atrai ratos e urubus. O cenário, que outrora inspirou poetas e servia de ambiente de lazer para a família santarena, está em situação deplorável, esquecido e abandonado pelas autoridades públicas municipais e entidades ligadas ao meio ambiente.

O trecho mais crítico está localizado entre a antiga Praia da Vera Paz e a Praça da Matriz. Há inúmeros pontos de concentração de lixo. Neste local dá pra se ter uma noção ampla do estrago que o lixo causa à praia.

Com o nível do rio Tapajós abaixo da média, os donos de barcos informaram que estão levando suas embarcações para áreas mais distantes do cais. Hoje, todos estão ancorados nos extensos lençóis de areia que surgiram na orla fluvial. Nestes locais, pequenos entulhos de lixo doméstico são enterrados em buracos na própria areia ou atirados diretamente nas águas do rio Tapajós.

Por: Manoel Cardoso

2 comentários em “Denúncia – Galerias da avenida Tapajós viram depósito de lixo

  • 14 de agosto de 2014 em 17:25
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    Em tempo: Os comerciantes também tem grande parcela de culpa nisso, pois teriam de ser os primeiros manter limpo a qualquer custo pelo menos a frente de seus estabelecimentos e não apenas reclamar.

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  • 14 de agosto de 2014 em 17:23
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    Não adianta só o poder público, as entidades ligadas ao meio ambiente fazerem sua parte se a população que a meu modo de ver é a principal culpada por esse estrago, não colaborar, respeitar, e continuar a jogar lixo por tudo. Cidade limpa é sinal de povo educado, e aí em Santarém vamos combinar que o povo é muito mal educado, pois se assim não fosse, cuidariam mais dessa bela cidade.

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