Justiça condena 11 pessoas por exploração de madeira no Pará

120 anos de prisão por fraudes na comercialização de madeira ilegal
120 anos de prisão por fraudes na comercialização de madeira ilegal

Onze pessoas foram condenadas pela Justiça Federal do Pará a cumprirem penas que totalizam mais de 120 anos de prisão por fraudes na comercialização de madeira. O crime ocorreu nos municípios de Tailândia, Jacundá, Tucuruí, Paragominas e Belém no ano de 2005 e foi descoberto pela Operação ‘Ouro Verde’ da Polícia Federal. A sentença foi assinada no último dia 28 de outubro pelo juiz Rubens Rollo D’Oliveira, mas só foi divulgada nesta sexta-feira (7).

No ano da descoberta da fraude, cerca de 30 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF), sendo que alguns foram condenados e outros ainda respondem processos na justiça.

Dos acusados, Talles Roberto Furlan e Maria Raquel Pereira da Silva receberam as maiores penas, sendo 25 anos e seis meses para Talles e 19 anos e cinco meses para Maria. Genaldo Ferreira da Silva, Sidnei Hoffmann, Roberto Charles Ramos de Melo, Renato Antônio Monteiro Bernardes, Juliana Silva de Oliveira e Sandoval Ramalho de Oliveira cumprirão dez anos, enquanto Alan Mota da Silva, Paulo Roberto Vieira Negrão e Analu Silva da Costa apenas oito ou quatro meses. A réu Valdira Alves de Araújo não cumprirá pena porque os crimes foram considerados prescritos. Os condenados ainda podem recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

A justiça federal decretou ainda que os bens dos onze condenados deverão, a partir de agora, pertencer a União. Ao todo são seis veículos e vários telefones celulares, computadores e cheques. As armas e munições utilizadas pelo grupo foram encaminhadas ao Exército Brasileiro.

Relembre o caso – Os condenados pela Justiça Federal foram presos pela PF em outubro de 2005 durante a operação ‘Ouro Verde’. Na época, 36 empresários, madeireiros, funcionários do Ibama e fiscais da Secretaria Fazenda do Pará foram denunciados pelo MPF por formar uma quadrilha que montou um sofisticado esquema para garantir o comércio de madeira amazônica derrubada ilegalmente.

A quadrilha foi acusada de fraudar Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF), além de corromper servidores públicos federais e estaduais, falsificação de notas fiscais, além do uso de documentos falsos, receptação de produtos de origem ilícita, no transporte ilegal de produtos florestais e, ainda, na criação de obstáculos e dificuldades à ação fiscalizadora do Poder Público.

Com os documentos, era possível comercializar madeira derrubada sem autorização e carvão fabricado ilegalmente. Para completar a operação, era necessário corromper funcionários públicos responsáveis pela fiscalização. Entre os acusados, estão servidores do Ibama e da Secretaria da Fazenda do Pará.

Fonte: Portal ORM

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