Lama do Residencial Salvação contamina Lago do Juá
A contaminação do Lago do Juá por conta da lama que está descendo do Residencial Salvação e do loteamento da empresa Sisa/Buriti preocupa ambientalistas, pescadores e moradores de Santarém, no Oeste do Pará. No último dia 18 deste mês, após uma forte chuva que caiu em Santarém, a lama invadiu o Lago do Juá, mudando a tonalidade da água para barrenta, onde antes era azulada.
Moradores afirmam que a lama desce da construção do residencial do projeto “Minha Casa, Minha Vida”, implantado em uma área que fica às margens da Rodovia Fernando Guilhon. A lama também invade a praia do Juá, que é freqüentada por muitas pessoas. “A água está mais escura, devido a chuva que desceu da construção do Minha Casa Minha Vida”, disse o banhista, Wilson Amaral.
O morador Raimundo Pelé diz que a situação tem prejudicado a pesca no local. “Está acabando o nosso lago, ninguém pega mais peixe, acabou”, reclamou.
Em fevereiro deste ano, técnicos e fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) fizeram um levantamento, sobre os reais impactos causados ao Lago do Juá e verificaram os danos originados pela obra do governo federal ‘Minha Casa, Minha Vida’ e das obras da empresa Buruti, ambas às margens da rodovia Fernando Guilhon e próximos ao manancial. A intenção foi diferenciar os dois casos para estabelecer a multa a qual foi aplicada à empresa responsável pelo “Minha Casa, Minha Vida”.
Na época, o secretário de Meio Ambiente, Podalyro Neto, informou que a multa que a empresa Em Casa, construtora responsável pela obra do governo federal, receberia, iria variar entre R$ 5 mil e R$ 5 milhões, de acordo com a lei de crimes ambientais. Podalyro Neto disse, ainda, que em relação aos impactos causados pela obra da empresa Buriti, cabe ao governo do Estado estabelecer multa.
Durante a vistoria a Semma detectou danos ao manancial, causados pelo lançamento de resíduos oriundos das obras do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, como lama e restos de materiais de construção, levados para dentro do lago com a força da enxurrada. Os danos ao meio ambiente teriam sido ocasionados pela falta de um projeto de drenagem por parte da empresa responsável pela obra do governo federal.
Durante a vistoria, foi constatada a mudança de coloração de azul para amarela, resultando também no assoreamento do lago.
Além das multas, outras medidas emergenciais foram tomadas, em diálogo com a empresa, visando evitar mais danos ao manancial.
Sobre os danos causados neste mês de dezembro, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) informou que uma equipe vai ao local para fazer uma vistoria para verificar se a empresa responsável pelas obras do “Minha Casa, Minha Vida” está cumprindo a execução do projeto com drenagem profunda, esgotamento sanitário e paisagismo.
ÁRVORE CENTENÁRIA: O forte temporal que caiu na madrugada do dia 18 deste mês, em Santarém causou diversos estragos nas ruas, residências e logradouros públicos. O forte vento seguido de chuva deixou várias ruas alagadas, casas destelhadas e árvores desabaram, como é o caso de um benjaminzeiro localizado na Praça da Matriz, em frente à Igreja, com mais de 100 anos, que não resistiu e foi abaixo.
Segundo trabalhadores e freqüentadores da Praça da Matriz, as árvores centenárias que existem no local estão depreciadas pelo tempo, por falta de um cuidado melhor pelo poder público. “Esse foi só aviso. Com esse vento forte que desabou já derrubou uma árvore. Imagine quando o inverno estiver a todo vapor. O perigo será maior”, disse o empresário Hebert Farias (Cacheado), proprietário da Garapeira Ypiranga.
Por pura sorte a árvore caiu na madrugada, pois o local é passagem de muitas pessoas, bem como trabalhadores (marreteiros) fazem da Praça seu local diário de labuta.
CAMINHÃO DA COCA-COLA: Uma cena inusitada chamou atenção de dezenas de pessoas que trafegaram por volta de 8h, de sexta-feira, 19, na Avenida Tapajós, em frente ao Mercado Municipal, na orla de Santarém. Um caminhão da empresa Santarém Refrigerantes (Cola-Cola) atolou depois de cair em um buraco, em plena Avenida Tapajós.
Depois dos funcionários da empresa terem feito várias tentativas para retirar o caminhão do buraco sem obter êxito, um trator foi acionado para realizar o serviço. Informações dão conta de que o caminhão estava carregado de bebidas e, que estava realizando a rota do centro de Santarém.
Homens do Pelotão de Trânsito da Polícia Militar (Ptran), assim como dezenas de curiosos, estiveram no local acompanhando o resgate do caminhão. Funcionários informaram que apesar do susto que levaram e da proporcionalidade dos fatos, não houve nenhum dano material.
Trabalhadores das proximidades acusam o serviço que está sendo realizado na Avenida Tapajós, com a colocação de esgotamento sanitário, onde o asfalto está sendo quebrado, mas a empresa responsável pela obra está deixando a desejar, pois o trecho da Avenida Tapajós entre a Praça do Pescador até a Travessa João Otaviano de Matos, foi cavado para colocação de tubos e só fizeram tapar o buraco com cimento. Agora, com a chegada das chuvas, muita coisa pode acontecer. Outros buracos se formaram nesse trecho após a chuva que caiu na madrugada do dia 19. Ninguém consegue mais trafegar com seus veículos na Avenida Tapajós, que está totalmente abandonada e cheia de buracos.
Fonte: RG 15/O Impacto