5ª URE garante funcionamento da Escola São José

 Dirceu Amoedo, diretor da 5ª URETrês semanas depois de professores e alunos da Escola São José, localizada no planalto santareno, denunciarem ao jornal O Impacto, o impasse para a renovação de convênio junto a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), a 5ª Unidade Regional de Educação (URE) anunciou que o Governo do Estado aceitou a proposta para seguir com o contrato.
O diretor da 5ª URE, professor Dirceu Amoedo, afirma que a confirmação foi apresentada durante reunião com os representantes da Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição, na manhã de segunda-feira, 05.
Para ele, o que aconteceu foi que, por uma determinação do Conselho Escolar de Educação, houve necessidade de encerrar alguns convênios com algumas congregações e isso aconteceu na Escola São José. “A Congregação teve o contrato encerrado e se manifestou dizendo que por conta disso não seria possível mais funcionar o ano letivo, mas, a gente conversou, reuniu, a congregação fez uma proposta que seria através da locação e essa proposta foi aceita pela Seduc. Portanto, tudo resolvido, o ano letivo começa dia 7 de fevereiro, e não tem problema em relação às matrículas. Os alunos podem procurar a Escola para efetuar suas matrículas e se preparar para o início do ano letivo”, garantiu Dirceu Amoedo.
A escola São José está situada na comunidade São José e atende mais outras 17 comunidades do Planalto Santareno.
FATOS: Em dezembro do ano passado, freiras, professores e pais de alunos da Escola São José, denunciaram diversos problemas ocasionados pelo governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), por meio da Seduc, o que prejudicou o funcionamento do educandário. Entre os problemas revelados pela comunidade escolar estavam: troca de nome da Escola; o corte do convênio com a Congregação; corte de verba para o funcionamento, além de transformar a escola de ensino médio para apenas ensino fundamental, prejudicando centenas de estudantes dos municípios de Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos.
Na época, os professores declararam que os problemas iniciaram após a Seduc mudar o nome de Escola Conveniada de Ensino Fundamental e Médio São José, para Escola Estadual de Ensino Fundamental São José. Por conta disso, a Escola São José deixou de receber recursos de fundos de investimentos na educação, tanto na esfera estadual quanto federal, depois de ter sido publicada uma portaria em setembro de 2013, transformando o educandário apenas em ensino fundamental.
Em relação ao convênio entre o Governo do Pará e a Congregação, caso não fosse renovado por parte da Seduc, a Escola São José corria o risco de fechar as portas. Temendo que centenas de alunos ficassem sem estudar neste ano de 2015, um grupo de pessoas, entre professores, pais de alunos e comunitários tomou a frente da questão, após as irmãs que administram o espaço físico esgotarem todas as negociações com o Governo do Pará.
“As irmãs chegaram ao limite das negociações e não obtiveram êxito com o Governador. Aí, nós como funcionários, intermediamos essa negociação. As irmãs nos deram autonomia para tomar a frente juntamente com a Comunidade de São José”, afirmou o professor Selmir.
Para ele, o fechamento da Escola São José, no planalto santareno, iria se consolidar como um retrocesso no tempo e uma derrota para a educação. Como a Escola não entrou em greve, ele garante que já finalizou o ano letivo e, que o educandário está em processo de recuperação até esta sexta-feira, dia 09.
Porém, no dia 22 de dezembro último, iniciou a fase de matrículas dos alunos do 1º ano do ensino médio, mesmo com todos os problemas. As matrículas aconteceram depois que a comunidade escolar continuou brigando pelo espaço físico.
“Se o governo Simão Jatene não alugasse o prédio, ele ia ter que alugar outro imóvel para atender a demanda de alunos. Estamos com quatro turmas de 1º ano, duas de 2º ano e duas de 3º ano. Todas as escolas do governo Estadual recebem verbas para programas e projetos dentro do educandário, como atividades esportivas. O São José só recebia verba de dois convênios, que era o Fundo Rotativo e o FNDE. Em 2013, o Governo mudou o nome da Escola sem a Congregação saber, prejudicando toda a classe escolar”, denuncia o professor Selmir.
Fonte: RG 15/O Impacto

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