Deputados exigem ações contra violência no Estado

Crise na segurança pública do Estado
Crise na segurança pública do Estado

Na manhã desta terça-feira (03), um grupo de deputados estaduais reivindicaram na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) uma reunião com representantes da segurança pública do Estado.

A reunião, no entanto, foi adiada para a tarde porque os convidados representante da Superintendência do Sistema Penal do Pará (Susipe) e da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup), do Sistema Penal e do Comando Geral da Polícia Militar (PM) não compareceram ao local. A ação é a primeira de várias que devem ser realizadas para tentar diminuir o panorama de insegurança intensificado nos últimos dias e melhorar também a situação das casas penais no estado.

Para o deputado estadual Carlos Bordalo, do Partido dos Trabalhadores (PT), “Não estamos observando somente problemas pontuais em casas penais, mas sim o resultado total de problemas na segurança pública. Não é possível achar que nove ônibus serem queimados, motins e outros problemas como os que acompanhamos nos últimos dias são questões pontuais e não signifiquem crime organizado”, disse se referindo ao que pode ser uma das explicações para o descontrole social observado.

Ainda segundo ele, a bancada aliada do governo segue acreditando na ausência de crime organizado do estado e citou um exemplo sobre. “O Coronel Neil afirmou aqui que não há crime organizado, porque aqui não temos PCC. Ora, como se o crime organizado fosse somente uma sigla…”, lamentou.

A reportagem do DOL teve acesso à informação de que, anos atrás, ainda no primeiro mandato do governador Simão Jatene (PSDB), servidores já teriam produzido e entregue um relatório ao governo sobre o panorama caótico das unidades prisionais. No entanto, nada foi feito e o documento foi ignorado.

Descaso do governo é alvo de críticas

Segundo o deputado Lelio Costa, do PC do B, o governo está ignorando a gravidade do momento da segurança pública no Estado.

Para o deputado, é necessário discutir soluções e alternativas para a crise carcerária instaurada no estado. “Precisamos de concurso público para as unidades prisionais, investigação em diversos casos e de um plano conjunto, resultado do diálogo com a sociedade sobre esses problemas”. Ainda pela manhã, uma moção foi impetrada para requerer reunião e planejamento para a solução carcerária”. Veja o documento:

No documento, vários setores do governo e da sociedade civil são chamados para, em conjunto, pensar na “crise carcerária que estabeleceu no Pará”. Alem disso, que outros problemas, como denúncias de assédio moral sejam colocadas em pauta.

Para o deputado Lelio Costa, a crise da segurança pública que toma conta do estado exige medidas enérgicas por parte do governo, que até o momento não se pronunciou oficialmente sobre os casos de violência que ocorreram nos últimos dias. “Vivemos uma situação de descontrole e até o momento o mandatário máximo do estado (se referindo ao governador Simão Jatene) não veio a público falar à população sobre o que será feito para melhorar a segurança no estado. Esse silêncio é preocupante”, destacou o deputado.

Por fim, para Bordalo, os problemas vieram se agravando ao longo dos anos e chegaram ao seu limite com a série de mortes que ocorreram em novembro do ano passado, que resultaram também na chamada “CPI das Mílicias”.

A série de situações relacionadas aos casos de violência, corrupção e os recentes casos de queimas de ônibus e motins podem ter algum tipo de relação, o que resulta em um panorama de insegurança amplo, em que toda a população pode ser vítima.

Fonte: DOL

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