Nova reforma ministerial dissemina “arrupios” no PMDB do Pará

Senador Renan Calheiros
Senador Renan Calheiros

Peemedebistas paraenses – alguns, é claro – estão começando a ter arrupios nos últimos dias, desde que a crise política em que se está imerso o governo Dilma chegou ao ponto a que chegou – com 2 milhões protestando nas ruas de 150 cidades contra Sua Excelência a presidente.
Os arrupios têm a ver com a reforma ministerial que vem por aí e, tudo indica, começará até o final deste mês.
A expectativa dos peemedebistas daqui tem a ver com a nova conformação geográfico-político-partidária do primeiro escalão, especificamente no que se refere ao ministro da Pesca, Helder Barbalho, também presidente regional do PMDB no Pará.
Ninguém sabe, é evidente, qual será a extensão da reforma que Dilma fará. E muito menos alguém será capaz de saber até que ponto a posição do PMDB no governo será alterada para melhor – entendido por melhor a concessão de mais cargos de relevância ao partido, que se sentiu humilhando com as pastas com que foi aquinhoado pela presidente a partir de 1º de janeiro, quando ela tomou posse para o segundo mandato.
Mas anotem-se os seguinte detalhes, por relevantes – para não dizer relevantíssimos.
O grande fiador da ascensão de Helder ao Ministério da Pesca foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). É fato.
Renan, também é fato, transformou-se num poço até aqui de mágoa com Dilma porque ela: 1) Não ajudou Renanzinho, o filho dele, que governa Alagoas; e 2) Não teria feito nada para livrá-lo da lista do doutor Janot.
Tirar um peemedebista do Ministério da Pesca, e ainda por cima um peemedebista cujo nome foi bancado por Renan, não seria um bom negócio para Dilma, que assim se desgastaria ainda mais – perante o partido e perante o próprio presidente do Senado, com ódios aflorando à flor do coração e à flor da pele.
Mas, e se Dilma, na mexida que fizer, tirar o inexpressivo Ministério da Pesca da órbita do PMDB, contemplando o partido, em troca, com uma pasta de maior visibilidade?
É por isso que peemedebistas paraenses – alguns, é claro – estão começando a ter arrupios.
Arrupios cada vez mais crescentes.
Fonte: Espaço Aberto

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