Descida das águas retira qualquer possibilidade de decreto de emergência em Óbidos
Trabalhos agora serão direcionados ao período pós cheia quando incidentes com animais peçonhentos e doenças preocupam a saúde pública
Com nível do Rio Amazonas marcando 8,16 centímetros a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Óbidos (COMDEC) começa a programar ações para o pós cheia que devem iniciar ainda na primeira quinzena de junho com uma ação integrada da Prefeitura Municipal de Óbidos, por meio das Secretarias Municipais de Saúde, Infra-estrutura e de Desenvolvimento Social, e da própria COMDEC. A ação visa coibir a proliferação de doenças comuns nesta época do ano, como é o caso da dengue e também da leptospirose, como forma de assegurar maior proteção as famílias atingidas direta ou indiretamente pela enchente tanto na área urbana quanto na região de várzea do município.
Segundo a COMDEC este ano aproximadamente 30 famílias foram beneficiadas com doação de madeira para construção de maromba, além da madeira destinada a pontes de acesso nos bairros do Centro, Lurdes e Cidade Nova. Na região de Várzea as comunidades de Costa dos Ferreiras, Ilha Grande, Ilha do Carmo, São Raimundo, Vila Barbosa, Boca do Parú, São Lázaro, Livramentos, Muratubinha, Santa Rita entre outras também receberam acompanhamento da Defesa Civil Municipal e muito embora a enchente tenha causado transtornos este ano não houve a necessidade do decreto de emergência uma vez que o nível do rio não chegou a atingir 8,30 centímetros, diferente dos anos de 2009 quando foi registrada a maior cheia com 8,60 centímetros e em 2014 que o nível máximo foi de 8,40 centímetros.
Em frente à cidade a marca da descida das águas começa a ficar registrada nos muros e calçadas bem como nas vias que voltam a ficar transitáveis. “Essa é uma informação positiva uma vez que nós passamos mais de 10 dias com o registro de 8, 18 centímetros de cheia e hoje o nível do Rio Amazonas, segundo a régua da Agência Nacional das Águas (ANA), marca 8,16 e a gente percebe que houve essa redução de 2 centímetros que sinaliza o inicio da vazante”, falou otimista o coordenador da Defesa Civil do Município, Lindomar Marinho após afirmar que este ano não houve registro de famílias atingidas pela enchente, somente afetadas.
Ainda de acordo com a COMDEC este ano foram doadas aproximadamente 1000m³ de madeira beneficiada, em um total de aproximadamente 150 m³ de madeira bruta. “Nós estávamos apreensivos com a possibilidade de uma enchente maior que pudesse causar outros problemas a população, graças a Deus foi uma cheia que não foi tão alta, mas mesmo assim causou muitos problemas e nós buscamos trabalhar de forma intensa para atender a demanda da população que nos procurou”, complementou o coordenador.
O prefeito de Óbidos, Mario Henrique Guerreiro, falou que a expectativa do município é a partir de julho a população retorne a sua rotina e que todos os esforços serão feitos para garantir maior segurança à população. “Na medida do possível a gente analisa de forma positiva, tivemos menos problemas porém também tivemos mais pessoas atendidas, tanto na zona urbana quanto na zona rural, e agora vamos entrar em uma outra etapa que é a pós cheia onde os trabalhos devem continuar. Precisamos trabalhar junto com a população, uma vez que a cheia é uma realidade Amazônida que nos faz ficar um período dependente de outros recursos, e agora com esse prenuncio de descida surgem outras preocupações. Devemos ter a conscientização e buscar a sensibilização para as ameaças que surgem como incidentes com animais peçonhentos e também doenças”, finalizou o prefeito.
Fonte: RG 15/O Impacto e Martha Costa