SMT permite insegurança nos transportes coletivos de Santarém

Ônibus circulam sem identificação da empresa
Ônibus circulam sem identificação da empresa

Em Santarém, Oeste do Pará, a maioria da população dos bairros periféricos ainda sofre com a mazela que é o sistema de transporte coletivo da cidade. Diariamente, nossa equipe de reportagem recebe denúncias relacionadas aos ônibus “permissionados” pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMMT). O fato que revolta a população, é que mesmo com o aumento da tarifa, com Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) e com constituição do Conselho Municipal de Trânsito (CMT), a Prefeitura Municipal de Santarém e SMMT não efetivam ação para melhoria do sistema.
“O que a gente tem percebido até agora, são apenas promessas vazias. Dizem que estão realizando estudos e planejamentos, mas na realidade, nós que precisamos e utilizamos o transporte coletivo todos os dias é que sentimos na pele a dificuldade”, reclama a Sra. Marilza Matos.
Algumas situações beiram ao absurdo. Os usuários do sistema de transporte coletivo são obrigados a se locomover em veículos em péssimas condições de conservações, colocando em risco a própria vida. De acordo com populares, a SMMT não dá importância às precárias condições em que o sistema opera.
“A SMMT demonstra como tem desprezo pela população. Além de permitir que ônibus velhos circulem carregando vidas, aceita que dezenas de ônibus trafeguem nas ruas de Santarém, vindos de cidade como Manaus, onde já foram vendidos, pois não poderiam mais rodar por lá, e são trazidos sucateados para cá, e ainda circulam com as placas do estado do Amazonas. Isso acontece bem debaixo do nariz das autoridades. Até quando vamos ter que passar por essas e outras situações?”, questiona uma liderança de bairro, que não quis se identificar.
Nossa equipe de reportagem constatou que diversos ônibus com placas de outras cidades e estados, realmente circulam em Santarém. A maioria percorre a linha dos bairros: Ipanema, Nova República e Rodagem. Alguns destes ônibus não possuem identificação de qual empresa pertencem. Esses veículos aparentemente com mais de dez anos de uso, não tem condições de prestar serviço de qualidade aos usuários, contrariando a Ação Civil Pública movida pelo MPE, que determinou prazo de 180 dias para que o Poder Público Municipal realizasse as devidas licitações. Após justificativas por parte da prefeitura, o MPE concedeu prazo até novembro de 2015 para seja realizado a licitação. A ação foi motivada pelas inúmeras denúncias recebidas e comprovadas in loco por representantes do Ministério Público do Estado.
Por: Edmundo Baía Junior
Fonte: RG 15/O Impacto

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