Música de Eduardo Dias está na final do Festival de Música Popular Paraense

Patrícia Rabelo interpreta a música de Eduardo Dias
Patrícia Rabelo interpreta a música de Eduardo Dias

Depois de três eliminatórias em Belém e Marabá, ficou decidido os doze finalistas do 7º Festival de Música Popular Paraense. A grande final será realizada no dia 19 de novembro na sede da Assembleia Paraense.
Um variado estilo musical que vai de samba, valsa, fado entre outros ritmos, marcará a grande final e que, com certeza, darão trabalho aos jurados. O Festival de Música Popular Paraense é organizado pela RBA e tem o apoio da Vale e já se tornou uma referência no Estado como um evento que revela e consolida talentos musicais do Pará.
Segundo a organização do evento o festival tem o objetivo de valorizar e incentivar a produção musical no Estado, colaborar para a autoestima da população paraense que se vê bem representada no palco e dar oportunidade para a descoberta de novos talentos, seja como intérpretes, compositores ou arranjadores.
PATRÍCIA INTERPRETA A MÚSICA DE EDUARDO DIAS: Das doze finalistas está um fado do obidense Eduardo Dias, conhecido dos festivais no Estado por sempre ter grandes participações com composições de boa qualidade musical. De Belém para Portugal, de autoria do compositor obidense, tem como intérprete a cantora Patrícia Rabelo. A música pede atenção para a cultura miscigenada que Belém sofreu com a colonização portuguesa e apresenta teor de crítica cultural, quando se apropria de um estilo lusitano, o Fado, e o altera a favor da cultura paraense.

Veja a letra da música:

De Belém para Portugal

Belém tu não és Lisboa
Mas lembra no teu jeito – Portugal
Muito mais Belém
Que uma saudade a toa
A lusitana equatorial
Nas águas que não são do Tejo
A nau cabocla cruza o Guajará
No breu da noite
Luz vermelha e verde
Herança navegante do além mar
Belém dama Cruz de Malta
Distante teu passado de Alecrim
Sutil o toque som marajoara
Belém do Alentejo a Icoaraci
E assim angelical num fim de tarde
Recendes a maniva e tucupi
Dos teus sobrados brados azulejos coloniais
Ibérica Belém tupiniquim
Belém porto relicário
Espelho da coroa tão real
Francisco agora vem do Marajó ou Tocantins
E encosta doce no porto do sal
Da lama lá do Ver-o-peso
Me vem um verso puro de cantar
Pra Portugal um fado brasileiro
Um fado de Belém para Cabral
Um fado do Pará pra Portugal

Fonte: RG 15/O Impacto e Folha de Óbidos

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