Confirmado 32 casos de Dengue em Santarém
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou no dia 13 deste mês, o décimo primeiro Informe Epidemiológico sobre a situação da dengue no Pará, que já acumula 4.362 casos confirmados até o dia 5 de novembro deste ano. No mesmo período do ano passado, foram 2.957 ocorrências – o que representa um aumento de quase 50%.
Dos 11 municípios paraenses com maior ocorrência da dengue, Belém lidera no ranking com 1.136 casos confirmados, seguida por Parauapebas (366), Altamira (256), Senador José Porfírio (184), Canaã dos Carajás (146), Alenquer (127), Marituba (119), Breves (113), Ananindeua (107), Marabá (72) e Santarém (32).
Seis mortes por dengue foram confirmadas este ano: duas na capital e outras quatro em Altamira, Irituia, Breves e Rurópolis. A Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem em um período de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas.
Para a confirmação de óbitos é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado, como Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC) – que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue – para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A execução de ações contra a dengue é de competência dos municípios, que devem cumprir metas, entre as quais a de disponibilizar agentes de controle de endemias para realizar visitas domiciliares. Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e distribui às prefeituras inseticidas (larvicidas e adulticidas) para o controle. A Secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a capacitação sobre a febre chikungunya.
Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização, visando a participação da população no controle da dengue.
CHIKUNGUNYA – O vírus da febre chikungunya também está controlado, e não há registros de transmissões ocorridas dentro do Estado. Em 2015, 13 casos importados da doença foram confirmados no Pará por critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém.
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as doenças têm gravidades diferentes, sendo a primeira a mais perigosa. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
O chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika vírus leva a sintomas que se limitam a no máximo sete dias e não deixa seqüelas. Não há registro de casos de morte provocados pela doença.
A Sespa também deixa claro que a preocupação com a Zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e à chikungunya. Só em 2015, foram registrados nove casos da doença no Estado, sendo seis em Belém, dois em Ananindeua e um no município de Ipixuna do Pará. Todas as ocorrências foram confirmadas pelo IEC como autóctones – quando a doença é contraída dentro do município. O tratamento para a zika é apenas paliativo, de suporte e de correção de seqüelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor.
Fonte: RG 15/O Impacto