Governo corta verbas do hospital materno infantil

Paralisação das obras do Hospital Materno Infantil (HMI) em Santarém levou a população a criticar a gestão do prefeito Alexandre Von
Paralisação das obras do Hospital Materno Infantil (HMI) em Santarém levou a população a criticar a gestão do prefeito Alexandre Von

A paralisação das obras do Hospital Materno Infantil (HMI) em Santarém levou a população a criticar a gestão do prefeito Alexandre Von (PSDB) e da presidente Dilma Roussef (PT). Parentes de crianças que precisam de atendimento especializado censuram que o prefeito Von não tem argumentos para ir a Brasília em busca de verba para a conclusão das obras do Hospital.

Nossa reportagem esteve na manhã de quinta-feira, 03, no local de construção do Hospital e constatou a obra abandonada e sem nenhum operário colocando sequer um novo tijolo na arquitetura.

Iniciada em dezembro de 2013, a obra de construção do HMI paralisou por atraso no repasse da verba pelo Governo Federal, segundo fontes. Além da paralisação, ainda de acordo com a fonte mais de 35 funcionários da Construtora Centro Minas (CMC), responsável pelo empreendimento, estão cumprindo aviso prévio e deverão ser dispensados.

Sem condições de honrar os compromissos com fornecedores e, sobretudo, com o pagamento dos trabalhadores, a CMC decidiu suspender os trabalhos por tempo indeterminado até que se chegue a uma solução quanto ao pagamento do montante devido.

Desde que os trabalhos iniciaram, pouca coisa avançou na construção do HMI. Já foram feitos o concretamento e os pilares do andar térreo. Porém, há ainda muito a se fazer até que se cumpra o cronograma inicial da obra. A obra está orçada em R$ 23.324.186,65, dos quais R$ 18.331.7542,40 são oriundos do Ministério da Saúde (MS). Devido ao atraso no repasse dos recursos, os trabalhos ficaram lentos e agora a construção do hospital está seriamente comprometida.

Em nota, a Prefeitura de Santarém informou que a interrupção nos serviços ocorreu por falta de repasse dos recursos por parte do governo federal. O Núcleo de Gerenciamento de Obras Especiais (NGO), esclareceu que o Município ainda aguarda o pagamento, por parte do Ministério da Saúde, dos boletins de medição já fechados. A Prefeitura ressalta, no entanto, que os valores referentes a contrapartida do Município estão rigorosamente em dias.

A assessoria garantiu que o prefeito Alexandre Von em recente viagem a Brasília, esteve no Ministério da Saúde para garantir recursos para obras do hospital. Houve compromisso no repasse, mas sem garantia de data. Na época da viagem as obras estavam em andamento, como não houve o envio, a empresa responsável paralisou a obra. As obras do Hospital Materno Infantil estão 44% concluídas.

Após concluído, o HMI terá área total de 7.400 m². A previsão de conclusão era de 15 meses. Porém, os serviços se arrastam por 24 meses. Trata-se de uma das obras públicas mais importantes devido ao seu impacto social.

Depois de pronto, a unidade contará com estrutura 85 leitos de enfermaria, divididos entre a clínica obstétrica (30 leitos e dois isolamentos) e a clínica pediátrica (50 leitos e três isolamentos), e 36 leitos de internação intensiva (UTI/UCI e Mãe Canguru), totalizando 121 leitos e 34 consultórios.

A obra contará com um prédio de subestação de energia, com três geradores, e central de resíduos, que segundo autoridades políticas, deveriam ser entregues antes da inauguração oficial, para atender de imediato ao Hospital Municipal.

Por: Manoel Cardoso

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