Perigo – Porto do D.E.R. coloca em risco vidas de pessoas

Enquanto as atenções estão voltadas para a implantação de novos portos na região, fica a sensação de que se poderia investir um pouco mais nos que já existem. Um exemplo é o Porto do DER, em Santarém, que já foi alvo de muitas matérias do Jornal O Impacto, frequentemente denunciando o descaso do Poder Público com o logradouro, mas nenhuma providência vem sendo tomada para solucionar os problemas de infraestrutura. Várias denúncias de usuários, trabalhadores e demais pessoas que circulam pelo local, dão conta que as precárias condições tem dificultado o embarque e desembarque de cargas e passageiros.

Localizado na grande área da Prainha, o Porto é uma das principais portas de entrada e saída do município de Santarém, interligando-o com os municípios vizinhos da região conhecida como Calha Norte. Por via fluvial, as balsas transportam cargas e passageiros em direção ao Porto do Tapará. De lá, os viajantes segue por via terrestre pela rodovia PA 255 até Monte Alegre. Quem deseja seguir em direção a outros municípios como Prainha, Alenquer, Óbidos e Curuá, deve seguir pela PA 254. Com o asfaltamento da PA 255, houve um aumento significativo do fluxo de veículos e pessoas, que vem a Santarém por inúmeros motivos, e um deles é o turismo.

Durante o dia, em diversos horários as balsas atracam no local sem condições adequadas para a atividade portuária, disputando uma vaga. A falta de espaço para o desembarque, em partes, acaba sendo provocada pelas obras do Terminal que está sendo construído no local e que já deveria estar pronto. Os próprios condutores das balsas improvisaram uma sinalização com boias no local, para evitar que elas possam se chocar com as estacas de sustentação do futuro flutuante, previsto no projeto, que estão submersas e poderiam provocar algum acidente.

Quanto ao trânsito de veículos, outras reclamações dão conta que em horários de grande movimento a falta de sinalização causa tumulto, sem falar do lamaçal formado no período chuvoso. São dezenas de motos, carros, caminhões e até mesmo máquinas pesadas circulando todos no mesmo espaço e ao mesmo tempo sem o mínimo ordenamento oferecendo risco aos presentes. Mas, é durante a noite que a situação piora. Segundo relatos, além da falta de iluminação pública, este é o horário em que são manuseadas cargas de grande porte, principalmente toras de madeira, sem as mínimas noções de segurança. As balsas que transportam este tipo de carga desembarcam ao lado das balsas de passageiros e os operadores dos tratores circulam entre os carros e passageiros com estas toras até desembarcarem nos caminhões, que por sua vez, acabam bloqueando a passagem de veículos menores. O passageiro é obrigado a fazer malabarismo para desviar do maquinário, sem falar no perigo que correm, levando em conta a falta de zelo ou preparo dos operadores. Já houve relato de pessoas que presenciaram acidentes, inclusive com tratores que acabaram não suportando o peso dessas toras e deslizaram da balsa, caindo na água. Cansada de tanto descaso, a população exige, mais uma vez, que as autoridades possam tomar providências e solucionar os problemas deste Porto que é importante para o Município, mas não vem recebendo a devida atenção.

Fonte: RG 15/O Impacto