Pará registra 29 casos suspeitos de microcefalia
O boletim epidemiológico divulgado ontem pelo Ministério da Saúde atualizou para 29 o número de casos suspeitos de microcefalia no Estado do Pará até o dia 21 de maio. Na última semana, 28 casos estavam sob investigação. No geral, já são 30 casos notificados no Estado desde o início das investigações, em outubro de 2015. Um registro já foi confirmado.
Em todo o País, o novo boletim confirma 1.434 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. No total, foram notificados 7.623 casos suspeitos desde o início das investigações, sendo que 3.257 permanecem em investigação. Outros 2.932 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou por não se enquadrarem na definição de caso.
Os 1.434 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 517 municípios, localizados em 25 unidades da federação. Desses casos, 208 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia. O boletim reúne informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde.
MORTES
Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 285 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Destes, 60 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 187 continuam em investigação e 38 foram descartados.
O Ministério da Saúde ressalta no boletim que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
A pasta orienta as gestantes a adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, como a eliminação de criadouros, e a proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Fonte: O Liberal