Helder Barbalho: “Arco Norte é fundamental para o desenvolvimento do Brasil”

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Os ministros Helder Barbalho e Maurício Quintella, com Valter Casimiro do DNIT.

Os ministros da Integração Nacional, Helder Barbalho, e de Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, participaram nesta sexta-feira, 24, do encontro promovido pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados, em Santarém, oeste do Pará.

O Cedes iniciou em 2015 as discussões sobre a ampliação de investimentos no Arco Norte. Os estudos abrangem as áreas de planejamento e política de transportes, integração intermodal, logística e licenciamento, dentre outras.

Durante o encontro, o ministro Helder Barbalho revelou que o Arco Norte é fundamental para o desenvolvimento do Brasil. “O Arco Norte é fundamental para o desenvolvimento do nosso País. Está comprovado que a exportação da soja gera renda para a nação. A questão do transporte pelo corredor da BR-163 vai diminuir os custos de transporte desde o local da produção de grãos, até os portos do Pará, como Santarém”, disse o ministro.

O Arco Norte é considerado uma das principais alternativas para desafogar, por exemplo, a logística de exportação de soja e milho no país, já que o escoamento da produção de grãos produzidos no Centro-Oeste evitaria rotas mais longas e com custos mais elevados rumo ao Sul e Sudeste.

Só este ano os portos do Arco Norte devem escoar 25,5 milhões de toneladas de soja e milho, segundo estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre 2009 e 2015, o volume de exportações desses grãos registrou um aumento superior a 170%, passando de 7 milhões para 19,4 milhões de toneladas.

De acordo com Helder Barbalho, somente entre 2015 e junho de 2016, o Ministério da Integração Nacional, atuando por meio Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), aprovou 174 projetos para implantação de novas empresas e expansão de empreendimentos em diversas áreas, na Região Norte. Os recursos autorizados somam quase R$ 4 bilhões e beneficiam indústrias de couro, cimento, nutrição animal, fertilizantes, produtos alimentícios, agropecuários, farmacêuticos, entre outras.

A Sudam também apoia financeiramente a realização de estudos de microeixos para o transporte de cargas em estados das regiões Norte e Nordeste. E já aprovou a utilização de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) para dois projetos logísticos na área de portos: R$ 900 milhões na implantação de um terminal de uso misto, em São Luís (MA), e R$ 76 milhões na ampliação e adequação do terminal portuário Ponta da Montanha, na região de Barcarena (PA).

Segundo o ministro de transportes Maurício Quintella, a ideia do Fórum de debates sobre o Arco Norte foi fomentar a discussão sobre o potencial logístico de exportação e aumentar a competitividade brasileira no mercado internacional por meio da viabilidade do escoamento de grãos pelos portos do “Arco Norte” – Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Vila do Conde (PA), Itaqui (MA), Salvador (BA) e Ilhéus (BA).

Para ele, a região é considerada a principal saída para desafogar a logística de exportação de soja e milho produzidos na região Centro-Oeste, evitando as rotas mais longas e custosas rumo ao Sul e Sudeste.

Durante o encontro, foram debatidos os projetos do governo federal que viabilizam esta alternativa logística. Também foram destacados os estudos que abrangem as áreas de logística, planejamento e política de transportes, integração intermodal, formas utilizadas para captar investimentos e marcos regulatórios, licenciamento ambiental, portos, hidrovias, ferrovias e rodovias, inclusive o prolongamento da Perimetral Norte (BR-210).

Por: Manoel Cardoso

RG 15 / O Impacto

 

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