Embarcação explode quando abastecia no porto
“Estávamos em casa, quando ouvimos uma forte explosão. Chegamos a pensar que o terminal de combustível tivesse explodido. Mas logo em seguida veio a notícia que era uma embarcação. Então, fomos para a beira do rio. Nunca tinha presenciado uma tragédia como esta. Foi horrível ver as pessoas desesperadas se jogando no rio. Outras pedindo por socorro. Em meio a tudo isso, o fogo se alastrando rapidamente”, desta forma relatou à nossa equipe de reportagem o trabalhador autônomo Juracir, sobre o trágico acidente que deixou uma vítima fatal, e 16 pessoas feridas, sendo uma delas transferida gravemente para o Hospital Regional.
A noite de quarta-feira (5) foi bastante movimentada na região do porto do DER, no bairro da Prainha, em Santarém, oeste do Pará. O tráfego intenso de viaturas do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e das ambulâncias, já demonstrava o quão grave era a situação.
De acordo com informações, era por volta das 21h , quando o trágico acidente aconteceu na embarcação Hanna Janessa, que faz linha para a Vila Curuaí, região do Lago Grande. Segundo o relato de algumas vítimas, o barco havia acabado de abastecer – estava desligado – quando o comandante deu a partida, aconteceu a explosão. As chamas se alastraram facilmente, consumindo quase por completo a embarcação, que minutos depois naufragou e se partiu ao meio. Há informações de que a embarcação estava transportando cerca de 4 mil litros de combustíveis, no porão.
No momento do incêndio, algumas pessoas se jogaram no rio, e foram posteriormente resgatadas. Os profissionais do Serviço Móvel de Urgência (Samu), juntamente com os profissionais da ambulância do Corpo de Bombeiros se esforçaram ao máximo para prestar os primeiros socorros às vítimas da tragédia.
No Pronto Socorro Municipal (PSM), o movimento ficou intenso. Ao todo, 16 vítimas deram entrada na Unidade de Saúde, a maioria com ferimentos leves foram atendidas e em seguida liberadas.
VÍTIMAS ENCAMINHADAS PARA ATENDIMENTO MÉDICO: De acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa do complexo hospitalar municipal, ao todo foram atendidas 16 pessoas. Destas, 12 com ferimentos leves já receberam alta hospitalar. Outras 3 permanecem no Hospital Municipal, mas sem risco de morte – apenas com suspeitas de fratura. A 16ª vítima trata-se do jovem de 22 anos, Carlos Neves que foi transferido em estado grave para o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), com 80% do corpo atingido por queimaduras. Acompanhe a lista das vítimas que receberam atendimento médico: José da Silva Sousa, 60 anos; Carla Adriana Amaral, 42 anos; Maria Silva Araújo, 36 anos; Ariane Rocha Amaral, 32 anos; Marlon do Amaral Campos, 37 anos; Ana Roberta Viana Marinho, 3 anos; Regiane Travassos de Assunção, 38 anos; Evanildo Batista do Amaral, 59 anos; Ingrid Viana Marinho, 23 anos; e
Carlos Neves Amaral Neto, 22 anos (internado – transferido para HRBA).
VÍTIMA FATAL: Na manhã desta quinta-feira (6), quando foram retomadas as buscas, um corpo foi localizado nas águas. A vítima fatal ainda não foi identificada, devido ao estado do cadáver, que se encontra totalmente carbonizado.
O Corpo de Bombeiros acionou o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para fazer a remoção do cadáver com objetivo de realizar os exames que possam de fato confirmar identidade da vítima fatal.
PERÍCIA APONTARÁ MOTIVO DO ACIDENTE: O que teria provocado a tragédia que tirou a vida de um pai de família e deixou à beira da morte um jovem de apenas 22 anos. Imprudência? Negligência? O certo é que uma investigação deve ser aberta para apurar o caso. A Capitania dos Portos, órgão da Marinha em Santarém, deve apurar a trágico acidente.
Atualização às 18h
Na tarde desta quinta-feira(6) foi localizado o corpo de mais uma pessoa. Os familiares reconheceram como sendo o corpo do senhor Roberto Borges Pinho, de 68 anos, que encontrava-se desaparecido.
Por: Edmundo Baía Júnior
Lamentável…devera haver uma fiscalização rigída,que Deus conforte o coração dessas pessoas.
Trágico.
Mas sou da seguinte opinião.
Vejo gente cobrando mas fiscalização e tudo, mas por outro lado, se houvesse uma fiscalização efetiva isso poderia evitar tal acidente? Quando o que mais se ver, é gente querendo dar um jeitinho brasileiro de burlar normas. Pergunto: Quantas vezes essa mesma atividade foi realizada dessa forma? quantas viagens foram realizadas e nada aconteceu?
Um breve relato: eu estava em uma embarcação de saída para porto trombetas, quando o barco precisou abastecer, com isso, encostou uma daquelas embarcações…sei lá…”barco tanque”…lembro de ler um monte de placas de advertência na embarcação de ” proibido fumar” ” proibido uso de celular”…olhei para a tripulação da embarcação que abastecia…era um fumando…outro no whatapp….quem conhecia os riscos disso,se afastou do barco ou saiu do barco até o término do abastecimento.
agora pergunto…Isso é culpa da fiscalização…aquela tripulação,apesar das placas de orientação precisam mesmo de ” Babás”. Lamentável o ocorrido, que Deus console as famílias das vítimas fatais e os demais, mas é latente a mudança de postura quanto ao conhecimento e percepção dos riscos e não somente pensar em lucrar, pois o que mais parece é ainda estamos deixando de valorizar esse bem precioso…a vida.